Tendência ainda é de queda para soja e milho; confira notÃcias desta quarta
O indicador do milho do Cepea, com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve mais um dia de preços mais baixos, o décimo consecutivo
Boi: arroba tem negócios acima da referência, diz Safras & Mercado
Milho: preços caem abaixo de R$ 94 por saca em Campinas (SP)
Soja: cotação segue em forte baixa acompanhando Chicago
Café: arábica cai pelo terceiro dia em Nova York
No Exterior: inflação ao produtor nos EUA fica acima do esperado; mercado aguarda FED
No Brasil: investidores se dividem sobre aumento da Selic
Agenda:
Brasil: decisão sobre a taxa Selic (Banco Central)
Brasil: IGP-10 de junho (FGV)
EUA: decisão de política monetária (FED)
Boi: arroba tem negócios acima da referência, diz Safras & Mercado
O mercado físico de boi gordo teve negócios realizados acima da referência média de preços, de acordo com a Safras & Mercado. Apesar de pontuais, essas movimentações podem sinalizar nova rodada de aumento das cotações nos próximos dias. Segundo o analista Fernando Iglesias, o cenário de oferta restrita ainda dita o ritmo das negociações.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo ensaiaram uma recuperação após as quedas dos últimos dias e tiveram alta em toda a curva. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,40 para R$ 320,05, do outubro foi de R$ 329,00 para R$ 330,65 e do novembro, de R$ 329,60 para R$ 334,00 por arroba.
Milho: preços caem abaixo de R$ 94 por saca em Campinas (SP)
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve mais um dia de preços mais baixos, o décimo consecutivo, e voltou a ficar abaixo de R$ 94 por saca pela primeira vez desde o início de abril. A cotação variou -1,08% em relação ao dia anterior e passou de R$ 94,29 para R$ 93,27 por saca.
Os contratos futuros do milho negociados na B3 também seguem com tendência de queda firme, acompanhando as baixas em Chicago e o mercado físico no Brasil. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 89,98 para R$ 88,83, do setembro caiu de R$ 90,84 para R$ 89,72 e do março de 2022 recuou de R$ 93,89 para R$ 91,39 por saca.
Soja: cotação segue em forte baixa acompanhando Chicago
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve mais um dia de forte baixa acompanhando Chicago. A cotação variou -1,32% em relação ao dia anterior e passou de R$ 166,65 para R$ 164,45 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 6,86% e em 12 meses, os preços alcançaram 51,9% de valorização.
Em Chicago, o mercado segue se ajustando às previsões de maiores chuvas no Meio Oeste norte-americano, o que pressiona negativamente as cotações. Foi o terceiro dia consecutivo de baixas nos contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago. O vencimento para novembro recuou 1,56% e passou de US$ 13,952 para US$ 13,734 por bushel.
Café: arábica cai pelo terceiro dia em Nova York
Em Nova York, as cotações do café arábica recuaram pelo terceiro dia consecutivo e seguiram se afastando ainda mais do patamar de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro caiu 1,89% na comparação diária e passou de US$ 1,562 para US$ 1,5325. Nesse período, as cotações já recuaram quase 5,0%.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o recuo observado nas cotações do café arábica em Nova York refletiu novamente nas principais praças brasileiras. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação caiu de R$ 820/825 para R$ 810/815, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 830/835 para R$ 820/825.
No Exterior: inflação ao produtor nos EUA fica acima do esperado; mercado aguarda FED
A inflação ao produtor nos Estados Unidos foi de 0,8% em maio e ficou acima das expectativas (0,6%), bem como havia acontecido com o índice de preços ao consumidor na semana passada. As vendas do varejo tiveram recuo de 1,3% em abril na comparação mensal, enquanto que os analistas esperavam uma queda menor, de 0,7%. Por fim, a produção industrial ficou melhor que as projeções indicavam e cresceu 0,8%.
Apesar do volume de indicadores macroeconômicos divulgados, o foco do mercado está voltado para o comunicado de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos, que será divulgado hoje. Não há expectativa de alteração dos juros, porém, são esperadas atualizações de sinalização em relação ao futuro da política monetária, em virtude da inflação, e mudanças no programa de compra de ativos.
No Brasil: investidores se dividem sobre aumento da Selic
Com a decisão do Banco Central marcada para ser anunciada hoje, quarta-feira, 16, após o fechamento dos mercados, os investidores ainda ajustam suas apostas para o aumento da Selic. Apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central ter indicado reiteradas vezes que irá promover mais um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, uma parte do mercado aposta em uma alta maior.
A aposta majoritária ainda é de um aumento de 0,75 ponto percentual, mas a leitura de que a inflação ainda está acelerando, leva parte dos investidores a acreditar em uma alta de 1,0 ponto percentual. Outra parte acredita que os diretores do BC podem ser duros no comunicado e sinalizarem a possibilidade de novas altas para as próximas reuniões.