Valor da Produção Agropecuária aumenta em 11,8% e atinge marca de R$ 1,11 trilhão em maio
Valor obtido no ano anterior foi R$ 993,9 bilhões
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de maio deste ano atingiu a marca de R$ 1,11 trilhão, valor 11,8% superior ao obtido no ano anterior, que foi R$ 993,9 bilhões. Os maiores contribuintes para o crescimento são o arroz, milho, soja e carne bovina, produtos que tiveram dois anos consecutivos de forte aumento de preços reais.
As lavouras tiveram um aumento de 15% no VBP, a pecuária registrou alta de 3,8%. As duas atividades obtiveram, neste ano, o valor mais elevado dos últimos 32 anos. Os produtos s que tiveram os maiores acréscimos foram: arroz (5,7%); milho (20,3%); soja (31,9%) e trigo (35,1%). O crescimento mais modesto foi do cacau e cana-de-açúcar.
Segundo o coordenador de Avaliação de Políticas da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, alguns grupos têm trazido contribuições negativas ao crescimento da agropecuária, como batata-inglesa, café feijão, laranja, tomate, uvas e na pecuária, leite, suínos e ovos.
De acordo com Garcia, esse seria um efeito de menores preços ou de menores quantidades produzidas.
Apesar dos períodos de seca, que afetaram lavouras, como milho e feijão, os preços têm contribuído para reduzir tal impacto. Os efeitos foram sentidos, principalmente, no Paraná e no Mato Grosso. O milho foi particularmente prejudicado.
A segunda safra, que é a mais importante, apresentou decréscimo, de 5 milhões de toneladas, em relação a 2020 e menor produtividade de grãos.
O aumento no VBP pode ser atribuído, ao excelente desempenho das exportações de soja em grãos e carnes, preços favoráveis e safra de grãos, que apesar dos problemas de falta de chuvas ocorridos.
Assim mesmo, as projeções da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) e do IBGE são de uma safra recorde.
Dados regionais do VBP seguem mostrando a liderança de Mato Grosso, com participação de 17%, Paraná com 13,2%, São Paulo com 11,2%, Rio Grande do Sul, responsável por 10,8% e Minas Gerais, com 10%.
Com informações do Mapa