Notificações de pragas nas lavouras passa a ser obrigatório no PR
Medida vale para pragas sem ocorrência no país e/ou estado
Foto: Fabiano Bastos - Embrapa
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) exige desde o fim de fevereiro, que produtores e/ou responsáveis técnicos façam obrigatoriamente a notificação de pragas nas lavouras em algumas circunstâncias específicas.
A medida vale para pragas sem ocorrência no país e/ou no Estado; resistentes a defensivos agrícolas; em área oficialmente reconhecida como livre de sua ocorrência ou então que estejam em situação de surto.
A Portaria 63 publicada em fevereiro de 2021, regulamenta essa alteração ao campo paranaense, delega a tarefa de comunicar ao órgão de vigilância sanitária aos seguintes públicos: profissionais das ciências agrárias, da iniciativa pública ou privada, na condição de assessores, assistentes, consultores, extensionistas, responsáveis técnicos, pesquisadores ou produtores rurais.
“A notificação é de suma importância para embasar ações preventivas, para evitar a disseminação de pragas e, no caso de defensivos agrícolas, identificar possíveis resistência de pragas a esses produtos, contribuindo para que junto à pesquisa se busque alternativa para que o manejo seja eficiente”, explica a técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, Elisângeles Souza.
Segundo o gerente de sanidade vegetal da Agência, Renato Rezende Young Blood a averiguação da notificação será feita por um fiscal de defesa agropecuária da unidade local da Adapar onde foi feita a ocorrência.
“Nossa intenção é ajudar o produtor, dar todo o suporte técnico e científico, acionando universidades e institutos de pesquisa, para conter a praga e diminuir as chances de ela se espalhar. A recomendação é se o produtor ou responsável técnico ver algo diferente, imediatamente entre em contato fazendo o preenchimento do formulário disponível no nosso site”, destaca o gerente da Adapar.
Blood explica que a ideia de implantar o formulário ocorreu com base em experiências com pragas nos últimos anos, em especial o enfezamento do milho (que tem como vetor a cigarrinha) e o aparecimento de uma nova lagarta que ataca a soja, a Helicoverpa armigera.
“Essa medida de notificação obrigatória visa termos uma resposta ágil para que possamos ou erradicar a praga em uma região localizada ou ao menos retardar ao máximo sua propagação e, assim, diminuir prejuízos como os que foram causados por essas pragas no Paraná”, completa o Young Blood.
Com informações Faep / Foto por Fabiano Bastos - Embrapa