MG: com ATeG, pecuarista de corte vence desafios

Publicado no dia 01/06/2021 às 10h56min
O trabalho árduo no campo não se restringe ao gênero

O trabalho árduo no campo não se restringe ao gênero. Com dedicação e esforço, Maria Nilda Ribeiro, 54 anos, viúva e mãe de quatro filhos, administra a pecuária de corte na fazenda em Patis há oito anos, depois de ter perdido o marido. A propriedade dela é uma das atendidas pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, e a transformação já começa a ser vista na propriedade.


Quando o marido de Maria Nilda tomava conta da criação dos animais, ela não chegava perto do curral. Apenas cuidava da lavoura de feijão, milho, alho e engorda de porco. “Quando fiquei viúva, todos os herdeiros venderam o gado e me aconselharam a vender a minha parte e a dos meninos porque não tinha pasto e estávamos atravessando uma seca muito grande”.

Para fazer o inventário, ela vendeu o gado quase todo e ficou com dez novilhas. “Sempre ouvi meu pai dizer que o gado era a melhor opção para quem vive na roça. Então, resolvi investir nisso. Com um salário mínimo e com os ganhos da lavoura, conservei as novilhas, fiz um empréstimo e comecei a investir em pasto”. Os animais também ganharam um curral e, em 2020, ela trocou oito garrotes por dez novilhas. Hoje, ela tem um rebanho de 55 cabeças de vacas, bezerros, reprodutor e novilhas.

Antes do ATeG, um dos problemas que a produtora enfrentava era o adoecimento dos animais. “Trabalhava com persistência e sem conhecimento. Não tinha estrutura e só cuidava do gado quando adoecia”, contou Maria Nilda. No entanto, segundo a zootecnista e técnica de campo Maria Cecília Magalhães Gonçalves, com o ATeG, a produtora passou a fazer o manejo do pasto e a suplementação alimentar correta, tanto no período de seca quanto no de chuvas. Com isso, ela reduziu o custo com mão de obra, já que, antes, era necessário contratar alguém para fazer o manejo de contenção de animais em tratamento clínico, por exemplo.

Em uma área de 14 alqueires, oito foram separados para pasto, e a produtora trabalha com cria e recria e venda de bezerros para produtores da região. “Recebi orientações em relação a despesas e receitas e a ter controle desde o nascimento. Agora, tudo é registrado no caderno. Tive redução de gastos com suplemento mineral de R$ 11 para R$ 6 o quilo, ou seja, redução de 40%, e com qualidade bem melhor”, explicou.

Além do Programa ATeG, a produtora e os familiares dela participaram de cinco cursos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES: Alimentação, Ordenhadeira Mecânica, Vaqueiro, Equitação e Educação Financeira. “Ela vem de uma família de produtores. Sempre teve que ajudar na roça e nunca mediu esforços para trabalhar e sustentar os filhos”, destacou a técnica. E, com a renda da fazenda, ela também ajuda os filhos que estudam em Belo Horizonte.

Fonte: Por: CNA - CONFEDERAO DA AGRICULTURA E PECURIA DO BRASIL

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