Febre aftosa: SC completa 14 anos como área livre da doença sem vacinação
Para Enori Barbieri, vice-presidente Faesc, o status possibilitou abertura de novos mercados e adequação de normas internacionais
A Organização Mundial da Saúde Animal deve reconhecer nesta quinta-feira, 27, o Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, partes do Amazonas e Mato Grosso como áreas livres de aftosa sem vacinação. O anúncio oficial deve ser realizado durante a Assembleia Geral da OIE. Com o reconhecimento, o Brasil avança no Plano nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
Enquanto o país espera a oficialização, Santa Catarina comemorou nesta terça, 14 anos do reconhecimento internacional como área livre da doença sem vacinação, status sanitário fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína do país.
Para Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), o status possibilitou abertura de novos mercados e adequação de normas internacionais, até mesmo dos países mais exigentes em compra de mercadorias.
Bons frutos
Em 2006, um ano antes da certificação internacional, Santa Catarina exportava 184 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 310 milhões. Em 2020, esse número saltou para 523,4 mil toneladas e trouxe US$ 1,17 bilhão para o estado, um aumento de 184,4% na quantidade e 277,4% na arrecadação.
O cenário é o mesmo para a carne de frango, que se tornou o primeiro produto das exportações catarinenses, faturando mais de US$ 1,5 bilhão em 2020, com 965 mil toneladas embarcadas. Com o reconhecimento da OIE, Santa Catarina teve acesso a grandes compradores de carnes como China, Hong Kong, Estados Unidos e Coreia do Sul.