ABPA se posiciona sobre decisão saudita que suspende exportações de 11 frigoríficos
Informações foram divulgadas através de nota oficial da entidade
O governo brasileiro recebeu no domingo (9), o comunicado oficial sobre a decisão da Arábia Saudita de embargar 11 estabelecimentos brasileiros exportadores de carne de aves. Na quinta (6), a decisão já havia sido publicada no Saudi Food and Drug Authority (SFDA).
Através de nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) se posicionou sobre o assunto.
A entidade informou que dará suporte setorial para encontrar uma solução que equalize os problemas estabelecidos no comércio de carne de frango com a Arábia Saudita. Também foi reforçado o respeito que as empresas brasileiras têm com os critérios estabelecidos pelos 150 países importadores do produto, garantindo a qualidade que é reconhecida mundialmente.
A nota expressou indignação com a decisão que, segundo a ABPA e o governo brasileiro, foi arbitrária, porém deixa clara a sua intenção de manter as boas relações com os importadores.
Entre nações-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), como é o caso do Brasil e do Reino da Arábia Saudita, não é aceitável a imposição de barreiras sanitárias sem as devidas comprovações técnicas - conforme preconizam o Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e o Acordo de Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT).
Em comunicação oficial recebida pela ABPA, por meio do Ministério das Relações Exteriores, até o presente momento não houve envio, por parte das autoridades sauditas, de qualquer relatório com informações que fundamentam minimamente a suspensão das 11 plantas - como lotes envolvidos e outros pontos.
A Arábia Saudita é um dos mais longevos mercados importadores de carne de frango do Brasil, para onde partiram os primeiros carregamentos do setor, em 1975. Apenas neste século (a partir de 2001), foram embarcadas, aproximadamente, 10 milhões de toneladas de produtos avícolas. Uma sólida e duradoura relação de confiança foi estabelecida entre as duas nações e, durante muitos anos, o mercado saudita ocupou o primeiro posto entre os 150 países importadores de carne de frango do Brasil.
Por este motivo e pelo respeito mútuo que consolidamos ao longo de décadas, apoiaremos a construção de uma solução que preserve as boas relações entre as duas nações, ao mesmo tempo, atendendo aos requisitos técnico-sanitários que regem a OMC, afirma a ABPA.
*Texto supervisionado pela jornalista Thalya Godoy