Clima segue sustentando altas da soja e milho em Chicago; confira as notícias desta segunda
Já no mercado do boi gordo, após algumas semanas de queda, o mercado físico teve estabilidade dos preços assim como no futuro
- Boi: mercado tem estabilidade dos preços
- Milho: indicador do Cepea tem nova máxima histórica
- Soja: saca recua novamente em Paranaguá (PR) com câmbio
- Café: arábica tem queda em Nova York com realização de lucros
- No Exterior: criação de empregos em abril decepciona nos Estados Unidos
- No Brasil: bolsa sobe 2,7% na semana e dólar cai 3,74%
Agenda:
Brasil: boletim Focus (Banco Central)
Brasil: balança comercial da primeira semana de maio
EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: mercado tem estabilidade dos preços
Após algumas semanas de queda em virtude da melhora da oferta de boiadas, o mercado físico do boi gordo teve estabilidade dos preços tanto no físico quanto no futuro. Segundo a consultoria Safras & Mercado, em São Paulo, os negócios seguiram no intervalo entre R$ 307 e R$ 308 por arroba. O analista Fernando Iglesias projeta que a pressão de baixa sobre os preços ainda deve permanecer firme no curto prazo.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 ficaram entre praticamente estáveis e levemente mais valorizados. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 303,85 para R$ 303,75, do junho foi de R$ 307,75 para R$ 308,20 e do outubro foi de R$ 328,70 para R$ 329 por arroba.
Milho: indicador do Cepea tem nova máxima histórica
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), registrou uma nova máxima histórica e subiu 1,80% na primeira semana de maio. A cotação variou 0,65% em relação ao dia anterior e passou de R$ 100,9 para R$ 101,56 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 29,13% e em 12 meses, os preços alcançaram 103,49% de valorização.
Em Chicago, o mercado climático segue sustentando altas sucessivas nos preços do milho. As cotações dos contratos futuros alcançaram sete dias consecutivos de valorização e o vencimento para julho subiu 1,89%, ficando cotado a US$ 7,322 por bushel.
Soja: saca recua novamente em Paranaguá (PR) com câmbio
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), recuou em quatro dos cinco dias da primeira semana de maio em virtude da desvalorização do dólar em relação ao real. A cotação variou -0,56% em relação ao dia anterior e passou de R$ 178,51 para R$ 177,51 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 15,34%.
Em Chicago, por outro lado, os contratos futuros da soja seguiram em alta pelo quarto dia consecutivo. As cotações já se aproximam de US$ 16 por bushel. O vencimento para julho teve uma valorização de 1,29% e ficou cotado a US$ 15,896 por bushel. O mercado agora foca no relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quarta-feira, 12.
Café: arábica tem queda em Nova York com realização de lucros
Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York registraram leves quedas em movimento de realização de lucros após subirem quase 10% em apenas dois dias. O contrato com vencimento para julho recuou 0,91% na comparação diária e ficou cotado a US$ 1,529 por libra-peso.
No Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços seguiram o exterior e a queda do dólar em relação ao real. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 820/830 para R$ 810/815 por saca.
No Exterior: criação de empregos em abril decepciona nos Estados Unidos
A economia dos Estados Unidos criou 266 mil empregos não-agrícolas em abril, segundo o relatório conhecido como Payroll e divulgado pelo Departamento de Trabalho na última sexta-feira, 07. Os números ficaram muito abaixo do projetado pelos analistas de mercado, que esperavam uma criação de 978 mil vagas no período.
Os dados reforçaram a opinião de membros do Banco Central norte-americano de que a economia do país precisa da continuidade de medidas de estímulo monetário e fiscal. Dessa forma, o dólar recuou expressivamente ante outras moedas. Com a expectativa de novos estímulos, as bolsas tiveram novas altas mesmo com o resultado ruim do mercado de trabalho.
No Brasil: bolsa sobe 2,7% na semana e dólar cai 3,74%
Na primeira semana de maio, o índice da bolsa brasileira valorizou 2,7%, cotado a 122.038 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial recuou 3,74% e ficou cotado a R$ 5,229. O índice Ibovespa fechou no maior nível desde o dia 14 de janeiro e o dólar no menor desde o mesmo dia. A queda da moeda norte-americana no exterior ajuda o desempenho do real.
Na agenda econômica da segunda semana de maio, destaque para a divulgação do IPCA de abril, dados dos serviços e do IBC-Br (prévia do PIB calculada pelo Banco Central) de março. Além disso, o mercado monitora a ata da última reunião do Copom que deve reafirmar a intenção do Banco Central de aumentar a Selic em 0,75 ponto percentual no próximo encontro.