Falta de chuva impacta lavouras de milho do Centro-Sul
Mês de abril terminou sem chuva na maior parte das regiões produtoras
O Mato Grosso do Sul, que vem passando por um longo período de chuvas irregulares, recebeu volumes abaixo da média durante todo abril, o que impactou diretamente as culturas de milho segunda safra na região.
No Paraná, a produção e desenvolvimento do milho serão menores do que o esperado, segundo o Departamento de Economia Rural do estado. Na região produtora de Cascavel (PR), por exemplo, a chuva em abril ficou 98% abaixo do normal. Choveram apenas 5mm quando o normal é de acumulados de até 175mm. Para a primeira quinzena de maio, os produtores ainda devem encontrar tempo seco no município.
Na faixa central do país, a segunda-feira (03) será seca e ensolarada. No primeiro trimestre do ano, durante o verão, os acumulados de chuva foram os menores registrados nos últimos 40 anos nas áreas da divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. No noroeste do estado paulista a situação é preocupante, há apenas 10% de umidade no solo. A tendência é que maio mantenha o ritmo de chuvas baixo na região e pancadas de chuva só retornem em junho.
Entre os dias 8 e 12 de março, a previsão é de que as chuvas retornem ao centro e norte do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul, mas os acumulados previstos não são tão elevados e a chuva é irregular. E como o tempo seco segue avançando no país, não há previsão de chuva agrícola em Goiás, boa parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Enquanto isso, no Norte do país, mais especificamente em Manaus (AM), apenas nesses quatro meses de 2021 já foram registrados mais da metade da média anual de chuvas para a região. A previsão é de que o Rio Negro atinja a marca de inundação de 30 metros nos próximos dias, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil. A chuva deve retornar também em Rondônia, mas não deve atrapalhar a colheita do café conilon no estado.
No Nordeste, os produtores de Cacau voltam a encontrar tempo mais seco no interior da região. No SEALBA, a chuva também perde força em comparação com os últimos dias de abril e para esta semana, os acumulados mais expressivos devem se concentrar no Maranhão passando de 50mm acumulados em cinco dias. Pelo menos até o dia 12, a chuva não deve retornar ao interior nordestino, onde a tendência é que durante o mês de maio a chuva fique abaixo da média.
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