Milho e soja: o que levou à disparada em Chicago? Isso vai continuar?
Segundo analista, como de costume, o clima começa a ditar as cotações na bolsa norte-americana. Frio nos últimos dias provocou a valorização dos grãos
Os contratos futuros do milho, soja e trigo negociados em Chicago dispararam nesta semana. Até quinta-feira, acumulavam altas de 10%, 6,5% e 8,5%, respectivamente. Nesta sexta-feira, 22, em movimento de realização de lucros, as cotações registram queda.
O milho e a soja estão nos maiores patamares desde 2013 e 2014, segundo a consultoria Safras. E essa alta forte se deve ao mercado climático. Investidores estão cada vez mais preocupados com a safra dos Estados Unidos.
“O que a gente teve neste momento, que ocasionou a valorização, foi um frio muito grande nos principais estados produtores, o que atrapalha as lavouras já semeadas, além de um certo atraso no plantio, mas que ainda não preocupa”, diz Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado.
Segundo ele, o produtor brasileiro pode esperar por preços na Bolsa de Chicago bastante voláteis nos próximos meses, com os contratos respondendo rapidamente às notícias de melhora ou piora no clima no país. Isso preocupa, principalmente, por conta dos baixos estoques americanos, com destaque para a soja.