Corte na subvenção: Agro não pode abrir mão do que conquistou
Vice-presidente da FPA defende a recomposição do Orçamento destinado a subsidiar a atividade produtiva no Plano Safra 2021/22
O corte nos recursos para subvenção da agropecuária no Plano Safra 2021/22 coloca em risco tudo o que o setor conquistou nos últimos 20 anos. O alerta é do deputado federal Neri Geller (PP-MT), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara dos Deputados.
Além do corte substancial nos recursos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Orçamento da União aprovado pelo Congresso Nacional coloca em risco programas de modernização responsáveis por modernizar as fazendas e melhorar a produtividade.
Geller admite que, no momento, não há de onde tirar dinheiro, mas o governo federal precisa encontrar uma alternativa, porque o agro é essencial para o bom funcionamento da economia do país. “E não é dinheiro perdido. Tudo que se investe na agricultura dá retorno imediato em um ou dois anos”, afirma. Ele lembra que o agro traz receita e movimenta a indústria, gerando empregos.
O corte no Pronaf é um dos principais pontos de atenção, segundo o parlamentar. Ele diz que o Estado precisa ajudar as pessoas mais fragilizadas. Porém, destaca que não é só isso: o setor também precisa lutar pelos instrumentos importantes para o crescimento do setor, como as linhas de investimento.
Segundo ele, a FPA e a Comissão de Agricultura trabalham para dar respaldo legal ao presidente Jair Bolsonaro, para que ele não caia em crime de responsabilidade fiscal. Para ele, o setor precisa ter os recursos garantidos mesmo que isso crie um déficit em um primeiro momento.
