Boi e soja tem leve queda e milho sobe; veja notícias desta sexta
No caso do boi, a baixa está relacionada ao leve aumento na oferta de animais. A oleaginosa caiu por conta do dólar
Boi: oferta melhora, mas mercado segue firme
Milho: saca continua firme em busca dos R$ 100, no indicador do Cepea
Soja: dólar segura alta dos preços no Brasil
Café: arábica tem leve recuo seguindo movimento do câmbio
No exterior: mercado de trabalho anima e bolsas norte-americanas renovam recordes
No Brasil: setor de serviços volta ao nível pré-pandemia pela primeira vez
Agenda:
Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
Brasil: evolução da colheita da soja (Safras & Mercado)
EUA: construção de novas casas em março
Boi: oferta melhora, mas mercado segue firme
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a oferta de boi gordo segue lentamente dando sinais de melhora, porém, o mercado físico continua firme com preços estáveis ou levemente mais baixos. Em São Paulo, por exemplo, a arroba está sendo negociada entre R$ 318 e R$ 319, contra R$ 321 da semana passada.
Segundo o analista Fernando Iglesias, a expectativa é de que em maio haja uma maior disponibilidade de boiadas em virtude do desgaste das pastagens e da diminuição da capacidade de retenção do pecuarista. Do lado da demanda, o consumo interno voltou a mostrar sinais de recuperação, o que pode ser efeito da nova rodada de auxílio emergencial.
Milho: saca continua firme em busca dos R$ 100, no indicador do Cepea
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve valorização novamente e superou os R$ 97 por saca pela primeira vez na história. A cotação variou 0,74% em relação ao dia anterior e passou de R$ 96,92 para R$ 97,64 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 24,14%, e em 12 meses, os preços alcançaram 87,05% de valorização.
Em Chicago, as cotações do milho iniciaram o pregão operando novamente em forte alta e chegaram a romper o patamar de US$ 6 por bushel na máxima do dia. Porém, perderam força durante o dia e o contrato para maio fechou em queda de 0,67%, cotado a US$ 5,90 por bushel.
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Soja: dólar segura alta dos preços no Brasil
A queda do dólar em relação ao real pelo terceiro dia seguido segurou um pouco as altas dos preços no mercado de soja brasileiro. O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), caiu 0,26% em relação ao dia anterior e passou de R$ 176,19 para R$ 175,74 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 14,19%.
Em Chicago, por outro lado, as cotações da soja alcançaram o terceiro dia consecutivo de alta e voltaram a se aproximar das máximas do ano. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, valorizou 0,58% e passou de US$ 14,10 para US$ 14,182 por bushel.
Café: arábica tem leve recuo seguindo movimento do câmbio
Assim como no caso da soja, os preços do café arábica no Brasil foram impactados pela queda do dólar em relação ao real, interrompendo uma sequência positiva de sete dias. O indicador do café arábica do Cepea recuou 0,15% em relação ao dia anterior e passou de R$ 743,91 para R$ 742,82 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 22,44%. Em 12 meses, os preços alcançaram 25,83% de alta.
Em Nova York, aos poucos, as cotações do arábica também tentam se aproximar das máximas observadas em 2021. Os preços subiram pelo quarto dia consecutivo. O contrato com vencimento para julho, o mais líquido no momento, teve alta de 0,48% e passou de US$ 1,3405 para US$ 1,347 por libra-peso.
No exterior: mercado de trabalho anima e bolsas norte-americanas renovam recordes
Os pedidos semanais de seguro desemprego vieram bem melhores que o projetado, sinalizando uma possível melhora consistente do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Com isso, os principais índices de ações das bolsas norte-americanas tiveram altas expressivas e renovaram seus respectivos recordes históricos.
Na agenda econômica de desta sexta nos Estados Unidos, destaque para dados do setor de moradia, como licenças e novas construções de casas em março. Estes números são bastante acompanhados pelos investidores, pois sinalizam o apetite das famílias norte-americanas com novos gastos.
No Brasil: setor de serviços volta ao nível pré-pandemia pela primeira vez
O setor de serviços apresentou crescimento em fevereiro pelo nono mês consecutivo e voltou ao nível pré-pandemia pela primeira vez. O resultado ficou bem acima do projetado pelo mercado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês de fevereiro, o volume de serviços avançou 3,7% na comparação mensal e 0,9% na anual.
O Ibovespa chegou a superar os 121 mil pontos na parte da manhã seguindo o otimismo externo e o bom resultado do setor de serviços, mas perdeu força à tarde com a indefinição no cenário político. Ainda assim, o índice fechou em alta pelo quarto dia consecutivo aos 120.700 pontos. O dólar recuou 0,75% e ficou cotado a R$ 5,6285.