Boi gordo bate recorde e se aproxima de R$ 320, diz Cepea; veja notícias desta 2ª

Publicado no dia 12/04/2021 às 10h49min
No mercado de grãos, o milho registrou leve recuo e a soja apresentou alta no último pregão; o café ficou estável

Boi: indicador do Cepea registra nova máxima histórica
Milho: saca segue firme no mercado físico e no futuro
Soja: preços sobem acompanhando câmbio
Café: cotações ficam estáveis no Brasil; dólar compensa queda em Nova York
No exterior: Joe Biden tenta negociar pacote de investimentos em infraestrutura
No Brasil: dados de atividade econômica são destaques na semana
Agenda:

Brasil: relatório focus (Banco Central)
Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de abril
EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: indicador do Cepea registra nova máxima histórica
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, encostou nos R$ 320 por arroba e registrou uma nova máxima histórica. A cotação variou 0,82% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,8 para R$ 319,4 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,56%. Em 12 meses, os preços alcançaram 61,27% de valorização.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 seguem em alta e também buscam novas máximas, com destaque para o outubro chegando a operar acima de R$ 330 por arroba. O vencimento para abril passou de R$ 317,9 para R$ 317,6, o para maio foi de R$ 313,85 para R$ 315, e o para outubro, de R$ 326,9 para R$ 328 por arroba.

Milho: saca segue firme no mercado físico e no futuro
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços ligeiramente mais baixos após subir por cinco dias consecutivos. A cotação variou -0,13% em relação ao dia anterior e passou de R$ 95,49 para R$ 95,37 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 21,26%.

Na B3, os contratos futuros do milho registraram novas altas e pela primeira vez o vencimento para maio fechou o pregão acima de R$ 100 por saca. O vencimento para maio passou de R$ 99,86 para R$ 100,51 e o para julho foi de R$ 95,21 para R$ 95,85 por saca.

Soja: preços sobem acompanhando câmbio
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços da soja no mercado brasileiro fecharam a semana entre estáveis e mais altos e seguiram o movimento do dólar, que avançou de maneira expressiva em relação ao real. No porto de Rio Grande (RS) e no porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 173 para R$ 174.

Em Chicago, o dia foi de baixa nos contratos futuros da soja com o mercado reagindo ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento mostrou um cenário de maior oferta global da oleaginosa, segundo a consultoria. Dessa forma, o vencimento para maio recuou de US$ 14,152 para US$ 14,03 por bushel.

Café: cotações ficam estáveis no Brasil; dólar compensa queda em Nova York
O mercado físico brasileiro de café teve um dia de preços estáveis, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. A alta do dólar em relação ao real compensou a queda do arábica em Nova York. A comercialização teve ritmo moderado, conforme a necessidade do comprador. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 720/725 por saca.

Em Nova York, como dito anteriormente, o dia foi marcado por nova baixa dos preços com ajustes técnicos após uma semana em que as altas predominaram. O vencimento para maio caiu 0,47% e passou de US$ 1,2785 para US$ 1,2725 por libra-peso.

No Exterior: Joe Biden tenta negociar pacote de investimentos em infraestrutura
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta negociar apoio dentro da Câmara dos Representantes e do Senado para aprovação de seu pacote de investimento em infraestrutura. O principal ponto que precisa ser negociado é o aumento de impostos para empresas, que tem resistência até mesmo em alguns setores do partido democrata.

A esperança de que Biden consiga algum apoio de republicanos levou as bolsas norte-americanas a renovarem os recordes no encerramento da semana passada. Na agenda econômica desta semana nos EUA, destaque para a inflação ao consumidor de março, que pode pressionar o Fed em relação à política monetária, caso mostre aceleração.

No Brasil: dados de atividade econômica são destaques na semana
As vendas do varejo e a pesquisa mensal de serviços, ambos com referência ao mês de fevereiro, serão divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estes dados devem ter sido bastante impactados pela piora da pandemia no Brasil a partir do final de janeiro e pelo aumento das medidas de restrição à circulação de pessoas em fevereiro.

Como alguns estados devem iniciar a flexibilização das medidas apenas a partir da segunda quinzena de abril, a projeção é de que os dados de atividade sejam bastante impactados negativamente em fevereiro e março. Apesar da fraqueza da economia, a aceleração da inflação nos últimos meses deve manter o plano do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,75 percentual na próxima reunião.

Fonte: Canal Rural Por Felipe Leon, com agências de notícias