Preço do milho recua pelo segundo dia consecutivo; veja as notícias desta quarta
Arroba do boi gordo e saca da soja têm leves altas. Cotação do café tem queda expressiva com piora da pandemia
Boi: com dificuldade na composição das escalas, arroba segue firme
Milho: indicador do Cepea recua pelo segundo dia
Soja: preços continuam com poucas oscilações
Café: arábica cai quase 2% no Brasil e no exterior
No Exterior: bolsas têm nova queda na Europa, enquanto EUA ensaiam recuperação
No Brasil: ata do Copom reforça nova alta da Selic na próxima reunião
Agenda:
Brasil: sondagem do comércio de março (FGV)
Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
EUA: estoques de petróleo (DoE)
Boi: com dificuldade na composição das escalas, arroba segue firme
A arroba do boi gordo seguiu com preços firmes, entre estáveis e mais altos, no mercado brasileiro de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Com os frigoríficos ainda com dificuldade na composição das escalas, as cotações ficam pressionadas positivamente. A demanda doméstica segue como contraponto ao cenário atual de oferta restrita, porém, os preços continuam encontrando espaço para alguns avanços.
Em São Paulo, a referência para a arroba passou de R$ 315 para o intervalo entre R$ 315 e R$ 316. No mercado futuro, as cotações se recuperaram parcialmente da forte queda de sexta passada. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 310,15 para R$ 312,8, do abril foi de R$ 305,7 para R$ 308,5 e do maio, de R$ 299,8 para R$ 301,75 por arroba.
Milho: indicador do Cepea recua pelo segundo dia
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), recuou pelo segundo dia consecutivo. A cotação variou -0,76% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,27 para R$ 92,56 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador tem uma alta de 17,69%.
No mercado futuro, os contratos de milho negociados na B3 tiveram desempenho misto, mas rondaram a estabilidade. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 92,35 para R$ 92,33 e do julho foi de R$ 87,94 para R$ 87,92 por saca.
Soja: preços continuam com poucas oscilações
Com a volatilidade do câmbio e da soja em Chicago, o mercado brasileiro teve poucas oscilações no preço pelo segundo dia. O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), variou 0,27% em relação ao dia anterior e passou de R$ 168,32 para R$ 168,78 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 9,67%. Em 12 meses, os preços alcançaram 75,08% de valorização.
Em Chicago, as cotações chegaram a cair em parte do dia, viraram para a máxima em cerca de 2 semanas, mas perderam força ao fim do pregão e tiveram alta apenas moderada. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, valorizou 0,41% e passou de US$ 14,174 para US$ 14,232 por bushel.
Café: arábica cai quase 2% no Brasil e no exterior
O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de baixa dos preços, que foram impactados pela queda expressiva no exterior. A cotação variou -1,74% em relação ao dia anterior e passou de R$ 729,71 para R$ 717,04 por saca. No acumulado do ano, o indicador valorizou 18,19% e em 12 meses, os preços alcançaram 24,46% de alta.
Em Nova York, as cotações seguem pressionadas pela forte baixa nos preços do petróleo. A piora da pandemia na Europa aumenta as dúvidas em relação à recuperação da economia global. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, valorizou 0,41% e passou de US$ 14,174 para US$ 14,232 por bushel.
No Exterior: bolsas têm nova queda na Europa, enquanto EUA ensaiam recuperação
As bolsas europeias seguem em queda refletindo a piora da pandemia na região e a lentidão na vacinação. Por outro lado, os futuros dos índices de ações nos Estados Unidos ensaiam uma leve recuperação após as baixas dos últimos dias. As taxas de juros futuras dos títulos do Tesouro norte-americano que chegaram a superar 1,75% no vencimento em dez anos, já recuaram para perto de 1,60%.
O petróleo que tem sofrido pressão negativa da piora da pandemia na Europa abre esta quarta-feira, 24, com uma expressiva recuperação técnica. Em fala conjunta ontem, o presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reconheceram o cenário de alta no mercado de juros, mas afirmaram não estarem preocupados com a estabilidade financeira.
No Brasil: ata do Copom reforça nova alta da Selic na próxima reunião
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a mensagem do comunicado da semana passada de que a maior probabilidade no próximo encontro seja de mais uma alta de 0,75 ponto percentual na Selic. Apenas uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos para a atividade econômica e inflação mudaria a visão dos diretores do Banco Central.
Com a crise na Turquia, a piora da pandemia no Brasil e na Europa, o mercado de juros tem aumentado as apostas e já espera até mesmo uma alta maior da Selic na próxima reunião. Por outro lado, na mesma ata, o Banco Central demonstra confiança de que um avanço no processo de vacinação gere uma retomada robusta da economia brasileira no segundo semestre.