Arroba do boi e saca do milho renovam recordes nominais; veja notícias desta sexta-feira
Já a soja acabou se acomodando tanto no Brasil como em Chicago; café teve dia de nova queda em Nova York
Boi: arroba bate recorde no indicador do Cepea
Milho: preços superam R$ 88 por saca em Campinas (SP)
Soja: cotações se acomodam no Brasil e em Chicago
Café: arábica tem nova queda em Nova York
No Exterior: pressão nos juros norte-americanos volta a derrubar bolsas
No Brasil: Senado aprova PEC Emergencial; texto vai à Câmara
Agenda:
Brasil: produção industrial em fevereiro
EUA: criação líquida de vagas formais de trabalho em fevereiro
EUA: taxa de desemprego de fevereiro
Boi: arroba bate recorde no indicador do Cepea
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, voltou a subir após alguns recuos e marcou um novo recorde nominal para a série histórica. A cotação variou 1,95% em relação ao dia anterior e passou de R$ 298,15 para R$ 303,95 por arroba. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 13,78%. Em 12 meses, os preços alcançaram 50,47% de valorização.
Demanda aquece e boi gordo volta a subir no mercado físico
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram comportamento misto. O ajuste do vencimento para março recuou de R$ 308,55 para R$ 308, do abril subiu de R$ 305,50 para R$ 306 e do maio caiu de R$ 300,20 para R$ 299,20 por arroba.
Milho: preços superam R$ 88 por saca em Campinas (SP)
Os preços do milho seguiram avançando de maneira expressiva e renovaram o recorde histórico em Campinas (SP). O indicador do milho do Cepea subiu 1,76% em relação ao dia anterior e passou de R$ 87,06 para R$ 88,59 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 13,78%. Em 12 meses, os preços alcançaram 50,47% de alta.
Na B3, o movimento também foi de forte alta nos contratos futuros de milho. O ajuste do vencimento para março foi de R$ 88,12 para R$ 89 e do maio, de R$ 91,01 para R$ 94,33 por saca, sendo que este contrato já valorizou 6,5% apenas nesta semana.
Soja: cotações se acomodam no Brasil e em Chicago
O mercado brasileiro de soja teve um dia de cotações acomodadas com leves quedas. O fato de o dólar ter operado em baixa em grande parte do dia pode ter impactado os preços. No porto de Paranaguá (PR), a saca caiu 0,22%, de R$ 172,36 para R$ 171,98.
Em Chicago, os contratos futuros também mostram alguma acomodação nos últimos dias e dificuldade de alcançar maiores avanços. O vencimento para maio subiu 0,21% e passou de US$ 14,074 para US$ 14,104 por bushel.
Café: arábica tem nova queda em Nova York
Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York recuaram pelo quinto dia consecutivo. O vencimento para maio caiu de US$ 1,3280 para US$ 1,3215 por libra-peso e já acumula uma queda de 5,6% nestes últimos cinco pregões.
No Brasil, os preços acompanharam a pressão vinda do exterior e ainda tiveram fator adicional do dólar ter se desvalorizado em relação ao real. O indicador do café arábica do Cepea recuou 1,21% em relação ao dia anterior e passou de R$ 747,51 para R$ 738,50 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador tem alta expressiva de 23,21%.
No Exterior: pressão nos juros norte-americanos volta a derrubar bolsas
Os juros dos títulos do Tesouro norte-americano com prazo para dez anos voltaram a subir ontem e encostaram novamente perto dos 1,6%. Apesar da alta ter desacelerado na abertura de hoje, as bolsas globais seguem com desempenho ruim. O discurso do presidente do Banco Central dos Estados Unidos (FED), Jerome Powell, não foi suficiente para acalmar os mercados.
Powell comentou brevemente sobre a alta dos juros de mercado, mas não indicou como e se o FED irá tomar alguma atitude. Os investidores especulavam se haveria alguma disposição do Banco Central de conter a elevação das taxas. Como isso não ocorreu, a pressão foi o suficiente para o aumento do rendimento dos títulos.
No Brasil: Senado aprova PEC Emergencial; texto vai à Câmara
O Senado Federal concluiu ontem, quinta-feira, 4, em dois turnos a votação da chamada PEC Emergencial, que estabelece critérios de limitações das despesas públicas e gatilhos contra o descumprimento do Teto dos Gastos. A proposta garante a possibilidade de o Governo adotar uma nova rodada do auxílio emergencial sem estourar o Teto.
O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados. A aprovação da PEC ajudou a performance dos ativos brasileiros durante grande parte do dia. Porém, no final do pregão, a pressão do dólar no exterior acabou prejudicando a moeda brasileira. Dessa forma, a cotação do dólar em relação ao real, que chegou a cair abaixo de R$ 5,55, fechou praticamente estável em R$ 5,6582.