Milho e café têm novos recordes de preço; veja notícias desta sexta-feira
Enquanto isso, compradores testam valores mais baixos pela arroba do boi gordo. A cotação da soja avançou, mas foram poucos negócios
Boi: mercado testa preços mais baixos lentamente
Milho: indicador do Cepea renova máxima histórica nominal
Soja: Chicago bate máxima do ano, mas perde força e recua
Café: cotações voltam a disparar em Nova York e no Brasil
No exterior: alta dos juros nos EUA prejudica bolsas
No Brasil: dólar segue exterior e volta a fechar acima de R$ 5,50
Agenda:
Brasil: taxa de desemprego de dezembro (IBGE)
Brasil: resultado primário do setor público consolidado (Banco Central)
EUA: índice de preços PCE de janeiro
Boi: mercado testa preços mais baixos lentamente
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar de os frigoríficos seguirem tendo dificuldades na composição de suas escalas de abate, em alguns estados foram registrados testes de compra abaixo da referência atual. Segundo o levantamento de preços da empresa, na capital de São Paulo, o preço ficou estável a R$ 304 a arroba, e em Dourados (MS), a cotação caiu de R$ 290 para R$ 285.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 seguem operando com bastante volatilidade considerando as variações diárias. Nesta quinta-feira, os ajustes das pontas mais curtas foram mais positivos que no dia anterior. O vencimento para março passou de R$ 298,40 para R$ 299,95, e o para maio foi de R$ 286,90 para R$ 288,05 por arroba.
Milho: indicador do Cepea renova máxima histórica nominal
Após um dia de moderação das altas, o indicador do milho do Cepea voltou a acelerar e subiu 0,5%, passando de R$ 85,19 para R$ 85,59 por saca. Dessa forma, a cotação renovou a máxima histórica nominal da série de preços. O indicador também registrou o nono dia consecutivo de valorização da saca negociada em Campinas (SP).
Na B3, os contratos futuros do milho seguem refletindo a força dos preços no mercado físico e tiveram mais um dia de elevação das cotações. O vencimento para março passou de R$ 88,62 para R$ 88,92 por saca.
Soja: Chicago bate máxima do ano, mas perde força e recua
A soja negociada na Bolsa de Chicago começou o pregão em alta e chegou a romper a máxima do ano, que era de US$ 14,364 por bushel, registrada no dia 13 de janeiro. Na máxima do pregão de quinta-feira, a oleaginosa foi negociada a US$ 14,456 por bushel. Porém, o mercado perdeu força com o fraco resultado das exportações semanais norte-americanas e houve movimento de realização dos lucros. Com isso, o preço fechou abaixo do dia anterior e ficou em US$ 14,074 por bushel.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços avançaram no Brasil enquanto Chicago operava em alta. Porém, quando as cotações viraram para baixa, os volumes perderam força. De todo modo, ao fim do dia, os preços ficaram mais altos. No porto de Rio Grande (RS), a saca subiu de R$ 170 para R$ 171, e no porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 166 para R$ 167,50.
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Café: cotações voltam a disparar em Nova York e no Brasil
Depois de um dia de correção, os preços do café arábica negociado em Nova York voltaram a ter uma alta expressiva, superior a 2%, e romperam os US$ 1,40 por libra-peso. O primeiro futuro, na série contínua, não rompia este patamar desde dezembro de 2019. A cotação do vencimento para maio, o mais negociado atualmente, passou de US$ 1,3725 para US$ 1,4005 por libra-peso.
No Brasil, além da alta do arábica no exterior, o dólar voltou a ter forte valorização em relação ao real e ajudou as cotações no mercado doméstico. Com isso, o indicador do café arábica do Cepea subiu 2,91% e passou de R$ 725,02 para R$ 746,14 por saca. Dessa forma, renovou a máxima histórica da série pelo segundo dia consecutivo.
No exterior: alta dos juros nos EUA prejudica bolsas
As bolsas norte-americanas tiveram um dia bastante negativo nesta quinta-feira com novos avanços das taxas do Tesouro americano no mercado futuro. Os investidores monitoram de perto a tendência forte de alta dos juros com vencimento em dez e trinta anos. Na abertura desta sexta-feira, 26, as bolsas europeias seguem a fraqueza de ontem, enquanto os índices futuros norte-americanos variam entre leve altas e baixas.
A tendência de elevação das taxas norte-americanas é reflexo da expectativa de recuperação rápida da economia com a vacinação em massa, aumento da inflação e do pacote de estímulos proposto pelo presidente Joe Biden. O problema é que com os títulos americanos pagando mais, os investidores têm incentivo a transferir dinheiro das bolsas para o mercado de renda fixa, gerando desvalorização das empresas listadas.
No Brasil: dólar segue exterior e volta a fechar acima de R$ 5,50
O aumento das taxas de juros de longo prazo do Tesouro norte-americano tem pressionado negativamente as moedas dos países emergentes. Dessa forma, a cotação do dólar em relação ao real voltou a fechar acima de R$ 5,50. A moeda norte-americana valorizou 1,72% e passou de R$ 5,4207 para R$ 5,5140.
O Banco Central, no dia seguinte após o presidente Jair Bolsonaro sancionar o projeto de lei que trata da autonomia da autoridade monetária, voltou a intervir no mercado de câmbio. O BC realizou dois leilões, na forma de oferta de venda de dólares à vista. No total, US$ 1,535 bilhão foram vendidos nesta quinta-feira. Com as atuações, o Banco Central conseguiu fazer com que o real fosse uma das moedas emergentes com menor desvalorização no dia.