Justiça prorroga proteção patrimonial de produtor rural em recuperação judicial

A Justiça concedeu mais 180 dias de proteção patrimonial a um produtor rural em recuperação judicial, garantindo que seus bens essenciais, como máquinas agrícolas, permaneçam protegidos de apreensões por credores durante esse período.

Justiça prorroga proteção patrimonial de produtor rural em recuperação judicial
Ilustrativa

A Justiça concedeu mais 180 dias de proteção patrimonial a um produtor rural em recuperação judicial, garantindo que seus bens essenciais, como máquinas agrícolas, permaneçam protegidos de apreensões por credores durante esse período. A decisão permite que o empresário, que acumula um passivo de R$ 240 milhões, tenha um total de um ano para reestruturar suas finanças e negociar suas dívidas sem comprometer a continuidade de suas atividades.

O caso foi analisado pelo juiz Rafael Machado de Souza, da Comarca de Montividiu (GO), que ressaltou a importância dos bens para a manutenção da produção rural. O magistrado destacou que a retirada dos equipamentos poderia inviabilizar a recuperação financeira do produtor, contrariando o princípio da preservação da empresa, previsto na Lei 11.101/2005.

A medida foi viabilizada com a atuação do escritório João Domingos Advogados, que defende a necessidade de garantir ao empresário tempo suficiente para buscar alternativas sustentáveis de pagamento e renegociação das dívidas.

A prorrogação da proteção patrimonial é considerada fundamental para evitar a paralisação das atividades e permitir que o produtor rural reorganize seu fluxo de caixa sem pressões imediatas dos credores. Além disso, a decisão acompanha a tendência de flexibilização na interpretação da legislação de recuperação judicial, levando em conta as particularidades do setor agrícola, que opera com ciclos produtivos longos e financiamento sazonal.

Nos últimos anos, tem sido cada vez mais comum que o Judiciário conceda medidas semelhantes para garantir a continuidade das operações de empresas e produtores rurais em dificuldades financeiras. A expectativa é que a prorrogação possibilite um ambiente mais favorável para a negociação das dívidas, preservando empregos e a produção no campo.

Por: Agro+

Por Cristiane Ferreira
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