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Especialista ambiental afirma que o Brasil é solução para o combate das mudanças climáticas

Samanta Pineda faz análise do discurso brasileiro na Cúpula do Clima

Samanta Pineda faz análise do discurso brasileiro na Cúpula do Clima
“O discurso brasileiro foi muito adequado e colocou o Brasil na posição em que realmente deveria estar: como parte da solução”, essa é avaliação da especialista em Direito Ambiental Samanta Pineda sobre o discurso do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (22), na Cúpula do Clima, encontro virtual que reúne 40 líderes para discutir ações de combate às mudanças climáticas. O evento é uma reunião preparatória para a Conferência Climática da ONU, COP 26, que será realizada em Glasgow, no Reino Unido, em novembro.
Durante o discurso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a maior causa das mudanças climáticas foi a  queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos e destacou que o Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa - mesmo sendo uma das maiores economias do mundo, o país responde por menos de 3% das emissões globais anuais.
Na opinião da especialista, o convite para que o país integre a lista dos nomes dos líderes participantes do encontro, mesmo não sendo um grande emissor, se deve ao fato de que não haverá neutralidade climática no planeta se não houver a participação do Brasil. “Temos 66% de vegetação nativa no território e pelo menos 84% no bioma da Amazônia, o que faz do país parte da solução para a fome do mundo e para o combate às mudanças climáticas”, destaca.
Segundo ela, o Brasil deve ocupar uma posição de liderança no encontro em busca de soluções. “Se tudo correr como programado e conseguirmos dialogar diplomaticamente com esses países, os pagamentos por serviços ambientais, cuja a lei instituiu a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil no início do ano, será uma forma de transferência de recursos dos países que tem uma maior contribuição para a emissão de gases de efeito estufa para o Brasil de forma legítima, regulamentada e transparente”, argumenta. 
O presidente brasileiro também assumiu o compromisso de alcançar a neutralidade climática até 2050, antecipando o prazo em 10 anos, e afirmou que o país eliminará o desmatamento ilegal até 2030, com redução de quase 50% das emissões até essa data. A contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução dos problemas ambientais também foi citada por Jair Bolsonaro. “O Brasil tem investido em tecnologia de produção sustentável, plantio direto, integração de lavoura-pecuária-floresta, manejo de pasto para que haja menos impacto da pecuária sobre o ambiente. “Mas a produção sustentável e preservação ambiental depende também de investimento”, salienta Samanta.

 

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