Agronegócio
Vender ou não o milho?
O milho vem apresentando uma recuperação parcial dos preços mais baixos
A TF Agroeconômica recomenda que os agricultores planejem a comercialização de milho das próximas safras, considerando a dificuldade de cobrir os altos custos de produção nesta safra. Entre os fatores que podem levar à alta dos preços, destacam-se as compras técnicas, semelhantes às observadas na soja.
O milho vem apresentando uma recuperação parcial dos preços mais baixos em quase quatro anos, com especuladores aproveitando qualquer oportunidade de alta para tomar lucros. No Brasil, a disputa entre indústrias de carne, etanol e exportadores deve se intensificar no segundo semestre, especialmente diante da redução de 15 milhões de toneladas entre as safras 2022/23 e 2023/24, o que pode elevar os preços internos.
Por outro lado, fatores de baixa incluem o clima favorável nos Estados Unidos, que tem beneficiado o desenvolvimento do milho. As condições ambientais continuam favoráveis, com novas chuvas e previsões de condições climáticas adequadas até meados de agosto, levando empresas privadas a recalcularem suas estimativas. A StoneX, por exemplo, projetou uma colheita de 386,27 milhões de toneladas nos EUA para 2024/2025, com rendimento médio recorde de 11.442 kg por hectare.
No Brasil, a StoneX estimou a produção de milho para 2024/2025 em 123,14 milhões de toneladas, um aumento em relação aos 121,80 milhões da safra anterior. Contudo, as exportações para o próximo ciclo foram projetadas em 37,50 milhões de toneladas, abaixo dos 40 milhões esperados na campanha atual. Já o USDA prevê colheita e exportações brasileiras em 127 e 49 milhões de toneladas, respectivamente, para a temporada agrícola 2024/2025.
AGROLINK - Leonardo Gottems
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