Os riscos da tuberculose bovina são recebidos de forma diferente em grandes e pequenas propriedades. É o que aponta a rede INNOTUB transpirenaica R + D + i, que estuda as práticas de biossegurança e as percepções de agricultores e veterinários tanto sobre o risco de tuberculose bovina, como sobre a eficácia das medidas de vigilância e doenças.

A implementação de medidas de biossegurança nas fazendas de gado tem se mostrado uma das ferramentas fundamentais para o controle da tuberculose animal. Em um estudo conduzido pela Escola Nacional de Veterinária de Toulouse (ENVT), a rede transpirenaica de P & D & i em tuberculose animal INNOTUB identificou dois perfis de agricultores na região dos Pirineus Atlânticos (sudoeste da França) com base em seus práticas de biossegurança e suas percepções sobre as medidas de risco, vigilância e controle da tuberculose bovina.

No que diz respeito à percepção de todos os fatores relacionados com a doença, de acordo com os primeiros resultados do projeto, apresentados neste mês de julho, foram identificados dois perfis após a realização de entrevistas com agricultores dos Pirenéus Atlânticos (França). Um primeiro perfil seria formado por produtores de grandes propriedades, com numerosas entradas de animais e visitas de pessoal, enquanto o segundo perfil seria formado por produtores de pequenas propriedades, onde há poucos movimentos de animais e poucas visitas.

“Detectamos que nesta região da França os agricultores de grandes propriedades atribuem menor risco à tuberculose e tornam menos importante a importância da doença”, diz Bernat Pérez de Val., investigadora do programa de Saúde Animal do Centro de Investigação em Saúde Animal (CReSA) do IRTA e chefe científica da rede INNOTUB. Nos meses seguintes, será estudado se esse padrão também se reproduz na Catalunha (Espanha).