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Agronegócio

Tereza Cristina pede reconhecimento ao agro nas discussões da COP26

Durante participação em evento, a ministra disse que o agro tem um papel positivo para a mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta terça-feira, 24, que o papel positivo da agropecuária para a mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas deve ser reconhecido durante as discussões da COP26, que acontecerá em novembro em Glasgow, na Escócia. Ao participar do Fórum Brasil Pró Clima, a ministra destacou as ações já praticadas no Brasil para garantir a sustentabilidade na agricultura.


“Essas duas palavrinhas são mágicas: mitigação e adaptação. Tenho convicção de que a agricultura brasileira j vem fazendo isso há muito tempo, através de várias políticas públicas para estímulo de práticas como plantio direto, o Renovabio, o uso da segunda safra na mesma área, as florestas plantadas, a política de Bioinsumos que cresce cada vez mais. A experiência brasileira tem demonstrado que é possível atingir resultados expressivos a partir de uma abordagem equilibrada de sustentabilidade na agricultura. Entendemos que essa é a visão que deve prevalecer no âmbito das negociações da COP e para além de novembro”, disse.

A ministra enfatizou que é preciso mostrar que a agropecuária brasileira promove, além da geração de renda e da segurança alimentar, a conservação ambiental e destacou a importância do setor privado para carregar essa mensagem ao mundo. “Não há sustentabilidade a menos que todos os elos da cadeia estejam envolvidos e comprometidos”.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro Leite, também participou do evento e disse que o Mapa vai aproveitar a COP26 para apresentar programas que representam o que há de mais moderno na agricultura brasileira, como o Plano ABC+ e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo ele, um dos maiores desafios do agro brasileiro é a percepção no exterior sobre a sustentabilidade no país.

“É preciso diferenciar o problema que temos do problema da imagem. No imaginário popular europeu, a Amazônia está queimando, estão extraindo madeira do coração da Amazônia, e a gente sabe que não é isso. Estamos empenhados para chegar em 2030 sem desmatamento ilegal”, disse o secretário, ressaltando que é preciso contar com a iniciativa privada brasileira e internacional para chegar a essa meta.

O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Marcelo Thomé, garantiu que o setor industrial já assumiu responsabilidade com a agenda ambiental.

“A sustentabilidade está no DNA da indústria, que busca eficiência e economia de recursos para se tornar mais competitiva e atender às exigências do mercado internacional. O mundo cobra do Brasil responsabilidade ambiental e o setor privado tem interesse em se manter alinhado com os acordos internacionais”, disse.

Regularização Fundiária
A regularização fundiária foi apontada pelos participantes como uma das ações para combater o desmatamento ilegal no país, especialmente na Amazônia. O secretário Orlando Ribeiro lembrou que grande parte do desmatamento ilegal ocorre em terras que não têm propriedade.

O representante da CNI também enfatizou que a regularização fundiária é uma das ações mais efetivas para o combate ao desmatamento. “O ilícito acontece na terra que não tem dono, porque quando tem dono o Estado tem a quem imputar a responsabilidade. A regularização fundiária, além de ser um mecanismo crucial para o combate ao desmatamento é também um mecanismo de desenvolvimento econômico”, disse Marcelo Thomé.

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