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Suinocultura: saiba como selecionar as fêmeas que vão se tornar matrizes

Além das características físicas perfeitas, leitoas devem ser provenientes de boas leitegadas. Suinocultores investem cada vez mais na produção interna de reprodutoras

O objetivo a ser alcançado com matrizes suínas é a maior produça?o possível de leito?es por tempo de permane?ncia no plantel, ou o maior número possível de leito?es produzidos por matriz, por ano. De acordo com a Embrapa, as fe?meas devem ter peso mínimo de 90 kg aos 150 dias de idade. Elas devem ser provenientes de uma leitegada numerosa e devem apresentar aparelho mamário com um mínimo de seis pares de tetas ou, de prefere?ncia, sete pares de tetas perfeitas.

Retenção de matrizes
Na obtença?o da matriz, também é necessário observar as seguintes características: na?o ser de leitegada com deficiências de nascença, ter aparelho genital com crescimento de acordo com a idade e ter bons aprumos. De acordo com Rangel Hertzog da Cunha,  extensionista em uma Unidade de Produção de Leitões Desmamados (UPD), o ideal é que 70% das leitoas cheguem ao terceiro parto, garantindo um número mínimo de filhotes que varia entre 40 e 45. “Do ponto de vista zootécnico, ter uma uma taxa de retenção de no mínimo 70% representa muitos ganhos na granja e na cadeia da granja”, afirma.  “Recebemos um número determinado de leitoas, cem por mês, e temos que fazer com que no decorrer da vida delas entre 70% e 75% cheguem no mínimo ao terceiro parto, para que tenhamos um bom desempenho reprodutivo desses animais”.  

A preparação das futuras matrizes que vão permanecer nas granjas pelo período de dois a três anos é especial e começa no recebimento das fêmeas. As instalações são verificadas e devem estar aptas a receber os animais. “Anotamos a quantidade de animais entregues e  verificamos se há problemas sanitários. Recebemos animais em torno de 160 dias. Há questões inegociáveis: a alimentação deve ser à vontade e o espaçamento deve ser respeitado”, diz Rangel. Também são verificadas as notas e o peso dos animais. “Realizamos a imunização das fêmeas e também respeitamos a idade dos machos para otimizar a puberdade das leitoas. A passagem do macho ocorre duas vezes ao dia, de dez a quinze minutos. Os funcionários identificam o cio e preparamos o animal para a adaptação. É fornecida ração à vontade antes dos quinze dias da cobertura do animal. Tudo é anotado nas fichas”.

Você sabe o quanto é importante manter a uniformidade do lote?
Além desses cuidados, a adaptação sanitária dos animais que chegam à granja também é importante. “Colocamos as leitoas em contato com matrizes que já estão no plantel. Na questão reprodutiva, além do programa de vacinação, isso é importante para proteger os animais dos agentes que vão encontrar na granja”, explica Rangel. 

Manejo deve ser impecável
De acordo com Jefferson Luis Marcondes, administrador de agronegócios, os suinocultores investem cada vez mais na produção interna de matrizes devido aos grandes ganhos genéticos e de produtividade que o modelo proporciona. “A fêmea de alta reposição substitui uma fêmea que já atingiu seu potencial de reprodutividade. O momento da seleção é muito importante. É preciso observar a aparência física e a relação entre peso e idade das fêmeas, pois o peso de seleção é que vai garantir sua longevidade. Além disso, é necessário prestar atenção na vulva e no aparelho mamário das futuras matrizes”, explica. 

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Jefferson também destaca a importância de se observar o comportamento das fêmeas e de se investir no manejo correto. “Elas precisam ser bem acompanhadas pelos colaboradores e se alimentar de dietas específicas, de acordo com sua idade. Os aspectos sanitários também estão relacionados ao bom desempenho dos animais”, ressalta. 

 

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