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Agronegócio

Soja tem poucas chances de subir?

Um dos fatores de alta nos preços são as enchentes do Rio Grande do Sul

De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, o mercado de soja tem poucas chances de subir e, mesmo estas subidas, não compensam segurar a soja, porque são menores que os custos de carregamento da posição. “Então, nossa recomendação continua sendo a de colher e vender logo e aplicar o dinheiro (que rende) até o vencimento das contas”, comenta.

O principal fator de alta nos preços são as enchentes do Rio Grande do Sul. “Não se trata apenas da perda de boa parte da produção do estado (entre 2- 4,0 MT), mas os problemas logísticos para entrega dos compromissos de exportação dos meses de maio, junho e julho, dos quais 720,61 mil toneladas já estavam programadas até o momento, segundo a agência Alphamar”, completa.

Outros fatores de alta englobam o desempenho do óleo de soja e os cortes no Brasil e na Argentina. “No Brasil, o aumento de B10 para B12 está aumentando a demanda por soja-grão para a produção de biodiesel, que gera disputa entre indústrias e exportadores, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste, que tiveram redução de produção na última safra”, indica.

Na baixa são três fatores, o aumento da safra norte-americana, com grande aumento dos estoques domésticos nos EUA. “O USDA estimou as reservas de soja ao fim da temporada
2024/25 em 12,11 milhões de toneladas, enquanto os analistas esperavam 11,76 milhões de toneladas. Para 2023/24, a estimativa foi mantida em 9,25 milhões de toneladas. A média histórica fica ao redor de 5,6 MT”, informa.

“A relação estoque/uso global está levemente menor, mas ainda muito elevada: era de 27,47% na safra 22/23, passou para 29,15% na safra 23/24 e está projetada para ser 28,73% na safra 24/25, ainda confortável”, conclui.

AGROLINK - Leonardo Gottems.
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