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Agronegócio

Soja: após recorde na exportação, importação do Brasil pode atingir volume inédito em 2022

Com perspectiva de safra menor, importações da oleaginosa já somam 193 mil toneladas no acumulado do ano até abril

 

As exportações brasileiras de soja perderam ritmo após um primeiro trimestre com números mais expressivos. De janeiro a março deste ano, o embarque de soja em grãos do país totalizou 22 milhões de toneladas, ante 15,4 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2021, apontam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado do ano até 10 de abril, o Brasil exportou 24,1 milhões de toneladas de soja em grão, com receita de US$ 12,6 bilhões.

Com os números obtidos até o momento, o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, diz que o Brasil não deve superar o volume de embarques registrado no ano passado, de 86,1 milhões de toneladas. Ele ainda ressalta o motivo da redução dos embarques.

“Saímos de uma safra maior com 140 milhões de toneladas, para uma projeção que deve ficar abaixo de 120 milhões neste ano. Além disso, já tivemos uma redução no volume das vendas externas em março”, diz.

Em relação ao farelo de soja, no acumulado do ano até o dia 10 de abril, foram 5 milhões de toneladas exportadas, com receita de US$ 2,3 bilhões.

“Temos condições de alcançar o recorde de exportação de 17,2 milhões de toneladas obtido em 2021, mas com a falta de soja em grão, também vamos encontrar dificuldades na oferta da oleaginosa para esmagar”, lembra o diretor de conteúdo do Canal Rural.

Para o óleo de soja, são 600 mil toneladas embarcadas no acumulado do ano, com US$ 800 milhões de receita. No primeiro trimestre de 2022 foram 480 mil toneladas, ante 210 mil toneladas no mesmo período de 2021.

Importação de soja pode ser recorde?
Se a exportação da soja brasileira foi recorde no ano passado, em 2022 o volume das importações pode ser inédito. Em 2021, o Brasil importou 252 mil toneladas, enquanto o resultado no acumulado do ano até abril chega a 193 mil toneladas.

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“No timo que estão as importações, devemos superar o recorde observado no passado. Não vai faltar soja, mas temos uma demanda muito elevada, e, se não tivermos o grão a nível interno, vamos buscá-lo em destinos vizinhos, como Argentina e Paraguai, que também tiveram problemas com o clima”, ressalta Ferreira.

 

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