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Agronegócio

Rumo prevê investimento de até R$ 4,3 bilhões para 1ª fase da Ferrovia do Mato Grosso

Projeção considera inclusão de R$ 500 milhões para construção de novo terminal

A Rumo atualizou hoje (dia 26) a projeção de investimentos para a primeira fase da Ferrovia do Mato Grosso (FMT). O custo deve ficar entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões.

O novo terminal iniciará operação em 2026, com 10 milhões de toneladas de capacidade anual, tendo a opcionalidade de acrescentar novos módulos futuramente, segundo a companhia.

Segundo o comunicado da empresa, a atualização da projeção, que vale entre julho e dezembro de 2026, considera a inclusão dos investimentos de aproximadamente R$ 500 milhões para construção do novo terminal, que não estava incluído na projeção anterior.

Além disso considera, a exclusão dos investimentos já desembolsados até junho 2024, a atualização das premissas de construção, e premissas macroeconômicas de reconhecidas consultorias terceiras.

Segundo a empresa, o terminal de transbordo dessa primeira etapa da FMT será localizado na BR 070, próximo a MT 130, com o objetivo de otimizar a movimentação de carga por meio da malha rodoviária existente e das melhorias de infraestrutura em curso na região.

“A distância ferroviária entre o novo terminal e o Terminal de Rondonopólis será de aproximadamente 160km. O retorno estimado para o investimento permanece atrativo e em linha com o esperado pela Rumo para esse projeto. A projeção de investimentos constante deste Fato Relevante substitui integralmente as estimativas apresentadas no Fato Relevante de 3 de novembro de 2022”, explicou a companhia.

A Ferrovia do Mato Grosso é um projeto transformacional para a Rumo e para a infraestrutura brasileira. Em conjunto com os demais investimentos em implementação no sistema ferroviário e no Porto de Santos, o projeto levará os benefícios da ferrovia para cada vez mais clientes e um volume maior de carga, promovendo uma logística segura, eficiente e de baixo carbono que impulsione o agronegócio brasileiro.


Transportes de cargas registram alta
Segundo os resultados levantados pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística da Infra S.A. foram divulgados na sexta-feira (dia 23), transportes de cargas registram alta em movimento e investimentos. Todos os principais modos de transporte de carga do país registraram alta na movimentação durante o primeiro semestre de 2024.

Rodovias, ferrovias, portos e aeroportos tiveram crescimento em relação à soma dos seis primeiros meses do ano passado.

Os resultados demonstram ainda a recuperação do setor aéreo de cargas, único que registrou queda no primeiro semestre de 2023 e que, no acumulado deste ano, já tem alta de 8,2%.

Outro destaque é o resultado do setor aquaviário: com crescimento de 4,3% no primeiro semestre, a alta foi puxada pelo aumento de 22,72% na movimentação de contêineres.


As cargas conteinerizadas, em geral, possuem maior valor agregado e resultam em mais benefícios para economia do país.

Nas ferrovias, que movimentaram 4,5% mais cargas do que no primeiro semestre de 2023, dois grupos de mercadorias registraram recordes.

O setor agrícola, de extração vegetal e celulose atingiu a movimentação de 48 milhões de toneladas e o grupo “outras mercadorias”, composto por movimentou 3,3 milhões. Os resultados são os melhores para o semestre desde 2006.

Grãos
O transporte de grãos por rodovias demonstrou estabilidade, com crescimento de 0,44% no acumulado do ano.

O número representa 210 mil toneladas a mais do que o resultado do mesmo período do ano anterior. Entretanto, o consumo de óleo diesel no setor teve alta de 4,2% e o Índice ABCR, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, para veículos leves e pesados, permaneceu acima do registrado no ano passado em todos os meses de 2024, com uma média de 164,58.

De forma semelhante, o tráfego pedagiado nas rodovias concedidas cresceu 6% em relação ao ano anterior.

Investimentos
Outro ponto levantado foi o aumento expressivo de investimentos públicos nos transportes, principalmente no setor rodoviário.

Foram cerca de R$ 6,5 bilhões de reais investidos na matriz de transportes brasileira, ou seja, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A retomada dos investimentos nas ferrovias do país também merece destaque, com mais de R$ 60 milhões de investimentos em obras, em especial na Ferrovia de Integração Oeste-Leste, executada pela Infra S.A. na Bahia.

redação com informações da Agência Safras | Agrofy News

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/08/26/rumo-prev-investimento-de-at-r-43-bilhes-para-1-fase-da-ferrovia-do-mato-grosso/21132.html