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Agronegócio

Ritmo intenso nas exportações do agro

China se mantém como parceira comercial mais importante do agronegócio brasileiro

Depois de atingirem recordes no volume e no faturamento em 2020, as exportações brasileiras do agronegócio seguem em ritmo intenso em 2021. Mesmo nesse período de grandes incertezas, o setor vem evidenciando sua força e também importância para a economia brasileira. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados da Secex, mostram que, de janeiro a abril de 2021, o volume exportado pelo agronegócio nacional cresceu 6% frente ao mesmo período do ano passado. Quanto ao faturamento, atingiu US$ 36 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, aumento de 16% em relação ao do mesmo período de 2020. Como resultado, de janeiro a abril, as exportações do agronegócio representaram 51% das vendas externas totais brasileiras.


Segundo pesquisadores do Cepea, esse bom resultado está atrelado, além da demanda externa aquecida, aos preços em alta no mercado internacional – houve avanço de 10% no primeiro quadrimestre deste ano frente ao mesmo período de 2020.

Conforme dados publicados no Cepea, a China se mantém como parceira comercial mais importante do agronegócio brasileiro, sendo destino de quase 38% de todo valor em dólar gerado pelo setor nos quatro primeiros meses de 2021. Os países que compõem a Zona do Euro continuam com a segunda posição, com participação de quase 15%, e os Estados Unidos, a terceira, com 6,4%.

O principal produto da pauta de compras da China continua sendo a soja em grão, ficando com mais de 70% do produto exportado pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2021. O país asiático também se consolidou como o principal comprador das carnes brasileiras, absorvendo 54% da proteína bovina, 57% da suína e 18% da de frango. Os chineses ainda foram destino de 20% das exportações de algodão em pluma, 43% da celulose e 52% do óleo de soja.

PERSPECTIVAS – O comportamento do câmbio deve ser o fator mais importante na tomada de decisão do exportador nos próximos meses. Se por um lado a recuperação econômica nos países desenvolvidos tem se mostrado cada vez mais firme diante da aceleração na vacinação da população, no Brasil, ainda há dúvidas em relação a essa retomada. Além disso, as crises internas, sanitária, econômica e política ainda devem influenciar o preço do dólar ao longo do ano.

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