As imagens dos incêndios descontrolados que atingem o Brasil são impressionantes, algumas até assustadoras. Duas nos últimos dias espantaram produtores do Mato Grosso e de São Paulo.

Na cidade de Nova Olímpia, no Mato Grosso, um grande redemoinho de fogo assustou moradores e produtores da região. A combinação entre o vento forte e o clima seco contribuíram para que as chamas se alastrassem rapidamente e formassem o fenômeno na cidade que está inserida no bioma Amazônia.

Segundo a Defesa Civil, o incêndio começou próximo a uma área de chácara e destruiu cerca de 11 mil hectares, entre áreas de preservação, pastagens e canaviais.

O fogo avançou pela vegetação às margens de uma estrada de terra que liga por 38 km, o distrito entre Nova Fernandópolis à Barra Do Bugres, a 169 km de Cuiabá.

De acordo com o administrador de uma das fazendas afetadas pelo fogo em entrevista ao G1, Francisco Rodrigues, o prejuízo foi grande e as chamas destruíram galpões, um veículo e outras construções.

Mato Grosso, de janeiro deste ano até agora, lidera o ranking de queimadas do Brasil, com 37,2 mil focos de incêndios, conforme dados do Programa BDQueimadas, do Inpe.

Em Mococa
No interior paulista, na cidade de Mococa, um redemoinho de fumaça enorme causou espanto na área rural do município.

O fenômeno foi flagrado em uma propriedade rural que produz queijo na cidade. Além do redemoinho, o fogo atingiu todo o pasto, mas os animais foram retirados minutos antes.

De acordo com a Climatempo, o redemoinho se formou devido ao calor intenso e aos focos de incêndio grandes no interior paulista.

Em São Paulo, áreas rurais seguem com risco de queimada em São Paulo. Defesa Civil do Estado renovou até o próximo sábado (14/09) o alerta de risco elevado de incêndio para todo o Estado.

Como o tempo estará seco, os índices de umidade relativa do ar (URA) devem cair no período da tarde, aumentando o risco para incêndios florestais, exceto na faixa litorânea. Por conta desse cenário, o risco de incêndios é elevado e requer atenção especial em áreas de vegetação seca devido ao risco para queimadas.

Brasil teve 11,39 milhões de hectares atingidos pelo fogo
Entre janeiro e agosto de 2024, os incêndios no Brasil devastaram 11,39 milhões de hectares, de acordo com dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados nesta quinta-feira (12). Desse total, 5,65 milhões de hectares foram consumidos apenas em agosto, representando 49% da área total afetada no ano.

Nos primeiros oito meses, o fogo avançou principalmente sobre áreas de vegetação nativa, que correspondem a 70% do total queimado.

Segundo os dados, as áreas campestres foram as mais afetadas, representando 24,7% da área atingida. Formações savânicas, florestais e campos alagados também sofreram com os incêndios, correspondendo a 17,9%, 16,4% e 9,5%, respectivamente. Pastagens representaram 21,1% do total devastado.

Os estados mais impactados foram Mato Grosso, Roraima e Pará, responsáveis por 52% da área queimada. Esses estados, localizados na Amazônia — o bioma mais afetado até agosto de 2024 — perderam 5,4 milhões de hectares devido ao fogo.

No Pantanal, 1,22 milhão de hectares foi destruído, um aumento de 249% em comparação à média dos últimos cinco anos. A Mata Atlântica teve 615 mil hectares atingidos, enquanto na Caatinga os incêndios consumiram 51 mil hectares. Nos Pampas, apenas 2,7 mil hectares foram afetados no período.

Por Redação com informações da Agência Brasil | Agrofy News