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Agronegócio

Primavera do Leste sedia Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021

Município mato-grossense tem importância no abastecimento de milho do próprio estado, assim como no de granjas do Paraná e de Santa Catarina

Com um cenário dominado por planaltos, planícies e chapadas, Mata Grosso reúne algumas das mais belas paisagens da América do Sul. O nome do estado é devido às grandes extensões originais de mato alto, espesso e quase impenetrável de uma região que foi percorrida pela primeira vez, segundo os registros mais antigos, pela família Paes de Barros em 1.734.

A 240 km da capital, Cuiabá, está localizado o município de Primavera do Leste. Com cerca de 80 mil habitantes, a cidade apresenta o sétimo maior PIB do estado. “Esse pilar social vem da produção agrícola. Quanto mais produção, mais indústria vem, mais emprego é gerado”, diz o prefeito do município, Leonardo Bortolin.

Para mostrar os desafios e conquistas da produção de milho em Mato Grosso e no Brasil, assim como tentar entender o futuro do mercado de grãos, Primavera do Leste recebe a quinta edição do Projeto Mais Milho, celebrando a abertura oficial da colheita do cereal.

Atualmente, Mato Grosso é o maior produtor de milho do Brasil. A média produtiva ali é de 35 milhões de toneladas, representando quase 30% da safra nacional. No entanto, por conta de atraso no plantio, estiagem e ataque de pragas, o volume neste ano terá uma redução. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado deve colher 32 milhões de toneladas na safra 2020/21, o que representa uma queda de 9,72% em relação à temporada anterior.

“Foi um ano difícil, com chuvas irregulares, mas, mesmo assim, tivemos um grande aumento da nossa área plantada e vamos conseguir manter a nossa produtividade e aumentar a nossa colheita”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda Lima.

Em Primavera do Leste, a projeção é de quebra de 30% na segunda safra de milho, o que deve afetar o mercado interno. “O município contribui muito com a matéria-prima, tanto para dentro do estado como para granjas no Paraná e em Santa Catarina, que consomem boa parte desse milho de Mato Grosso e também para exportação”, informa o secretário de Agricultura de Primavera do Leste, Clóvis Albuquerque.

Ferrovia vai cruzar Primavera do Leste
Para contribuir com o escoamento do cereal, a prefeitura municipal, em parceria com uma empresa privada, estuda implantar uma ferrovia com 600 quilômetros de extensão. A linha ligaria Rondonópolis a a Nova Mutum, cruzando Primavera do Leste. As obras devem começar no ano que vem.

“Em dez anos, Mato Grosso vai dobrar sua produção de milho. E, daqui a pouco, nós não vamos ter silo suficiente para armazenagem, caminhão que dê condição de escoar tudo isso e, se tiver, não vamos ter condição de estradas rodoviárias. Por todos esses motivos, a condição da malha ferroviária tem que acontecer”, diz o prefeito Bortolin.

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