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Agronegócio

Pressão nas cotações da soja

Valorização do dólar frente ao Real limitou o movimento de baixa

A oferta global elevada e os altos estoques seguem pressionando os preços da soja no mercado spot brasileiro. De acordo com as informações que foram divulgadas pelo boletim informativo do Cepea, a valorização do dólar frente ao Real limitou o movimento de baixa. Essa dinâmica tem sido observada nas últimas semanas e reflete um desequilíbrio entre a produção e o consumo global, aumentando a disponibilidade do grão nos mercados. Segundo o boletim informativo do Cepea, a valorização do dólar em relação ao Real atuou como um fator compensatório, evitando uma queda mais acentuada nos preços domésticos. A moeda norte-americana mais forte favorece a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, incentivando exportações, embora o impacto não tenha sido suficiente para reverter totalmente a pressão negativa nas cotações internas.


Ainda há influência do clima, o boletim informa que as chuvas irregulares acenderam alerta aos sojicultores nacionais, isto que estão recuando nas comercializações. Dados divulgados pelo USDA apontam produção mundial da oleaginosa na temporada 2024/25 em 428,9 milhões de toneladas, 8,6% superior às 394,7 milhões de toneladas colhidas na safra 2023/24.  Esse cenário adverso tem levado muitos produtores a adotarem uma postura mais cautelosa, reduzindo o ritmo das vendas e aguardando uma definição mais clara das condições climáticas. A incerteza quanto ao desenvolvimento da safra pode alterar as expectativas de oferta futura, o que aumenta a hesitação em negociar o produto no mercado spot.


Já em relação ao esmagamento global é projetado em 346,3 milhões de toneladas e as transações globais, em 181,5 milhões de toneladas, respectivos aumentos de 4,8% e de 2,6% frente à temporada anterior; o estoque mundial também pode ser recorde, previsto em 134,6 milhões de toneladas. As transações globais da oleaginosa devem atingir 181,5 milhões de toneladas, um avanço de 2,6% em comparação com o ciclo anterior. Como resultado, os estoques finais também devem atingir um patamar recorde, projetados em 134,6 milhões de toneladas, evidenciando um acúmulo significativo que poderá continuar impactando os preços e a dinâmica do mercado nos próximos meses.

Agrolink - Aline Merladete
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