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Agronegócio

Preço do feijão desestimula o plantio

Para a próxima safra, o preço do Feijão-carioca diminuiu 1,10%

A ausência de intervenção governamental na produção permite que os mecanismos de oferta e demanda regulem os preços - Foto: Canva

O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) destacou que o Brasil está produzindo menos feijão-carioca irrigado este ano em comparação com o ano passado. Isso ocorre apesar do discurso oficial sobre a formação de estoques reguladores. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) decidiu desestimular o plantio ao diminuir o preço mínimo do feijão, uma medida que o Ibrafe critica.

Recentemente, o governo havia afirmado que importaria feijão se necessário, mas a redução do preço mínimo contradiz essa postura. O cenário agrícola brasileiro já enfrenta a falta de seguro agrícola e juros altos no plano safra, e agora os produtores têm que lidar também com a redução do preço mínimo. Para a próxima safra, o preço do Feijão-carioca diminuiu 1,10%, passando a valer R$ 181,23, enquanto o Feijão-preto teve uma redução de 4,16%, fixando-se em R$ 152,91. Embora as reduções pareçam pequenas, o Ibrafe aponta que isso demonstra a falta de sensibilidade dos gestores públicos.

A organização enfatiza que, se não fosse pelos grandes produtores irrigantes, que assumem riscos e produzem feijões independentemente do governo, os preços poderiam estar subindo significativamente. No final, a ausência de intervenção governamental na produção permite que os mecanismos de oferta e demanda regulem os preços, o que pode ser mais eficaz. O Ibrafe ressalta que a estratégia de produtores e exportadores de buscar mercado mundial para os excedentes é crucial. Depender do governo para regular o mercado com um preço mínimo de R$ 152,91 para o Feijão-preto, por exemplo, seria inviável.

AGROLINK - Leonardo Gottems
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