A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (4) a 2ª fase da Operação Terra Envenenada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O objetivo da ação é combater uma rede criminosa especializada na comercialização de agrotóxicos ilegais.

Segundo a investigação o grupo importava de forma ilegal e adulterava os produtos do Paraguai e China até o norte de Mato Grosso. A quadrilha estaria envolvida diretamente no ingresso, transporte e comercialização.

As investigações se originaram da 1ª fase da operação que ocorreu em 2018. Naquela época a polícia apurou que os criminosos compravam os produtos do Paraguai e realizavam o transporte por vias vicinais até o Norte de Mato Grosso, contando com a conivência de agentes públicos. No seu destino, aumentavam o volume, adulteravam os produtos, misturando-os com agroquímicos permitidos ou inseticidas de preço baixo, revendendo a valores altíssimos para outros intermediários. Frequentemente, o produto também era repassado a grandes agricultores da região. Por meio de ameaças e coações, os suspeitos garantiam a adimplência dos clientes.

Nesta 2ª fase foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão nas cidades de Sinop, Sorriso, Feliz Natal, em Mato Grosso, além de São Paulo/SP, Campo Grande/MS e Terra Roxa/PR. Entre os presos está o vereador Toninho Bernardes (PL), de Sinop.

Foram apreendidos documentos e materiais de interesse para investigação, agrotóxicos, além de armas irregulares. Os investigados responderão por comercialização e transporte de agroquímicos de uso proscrito, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes que vierem a ser descobertos. As penas variam de dois a 10 anos de reclusão.