Uma cultura tem ganhado força em Tocantins: o gergelim. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária do Estado (Seagro), a oleaginosa já é considerada a "nova joia do Cerrado", devido à sua boa rentabilidade e ao baixo custo de produção, proporcionando um excelente custo-benefício para os produtores locais.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), houve um crescimento de 87% na área plantada. Na safra anterior, a área plantada no Tocantins foi de 51,6 mil hectares, enquanto nesta safra saltou para 87,2 mil hectares.

A produção também aumentou, crescimento de 57%, de 24,9 mil toneladas para mais de 39,0 mil toneladas, evidenciando o crescente interesse dos produtores pela oleaginosa, que já está em fase final de colheita no Estado.

"Com a redução da segunda safra de milho causada por fatores climáticos e a diminuição da demanda no mercado interno e externo pelos elevados estoques, os produtores começaram a buscar outras culturas rentáveis, como o gergelim", explica o engenheiro agrônomo da Seagro, professor Thadeu Teixeira Júnior.

Segundo ele, esse crescimento significativo também se deve à alta demanda do grão no mercado externo, especialmente no Oriente Médio, com países como Turquia, Israel e Arábia Saudita sendo grandes consumidores do gergelim brasileiro.

"Outro ponto importante é que as empresas do setor estão estabelecendo parcerias com os produtores, fornecendo sementes, assistência técnica e garantindo a compra da oleaginosa", ressalta o engenheiro agrônomo.

Ações
Visando fortalecer ainda mais o cultivo de gergelim, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), está organizando um workshop que deve ocorrer no segundo semestre de 2024. O evento trará aos produtores novas tecnologias, incluindo variedades apropriadas às regiões do estado, manejo da cultura, e ajustes no sistema de colheita e comercialização.

O gergelim é uma planta oleaginosa cultivada desde os primórdios da civilização. Já era valorizado por seu requinte e valor nutricional em regiões como a Mesopotâmia, Egito e Grécia.

Atualmente, o Oriente Médio continua com alta demanda pelo alimento

Por redação | Agrofy News