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Agronegócio

Oferta recorde de carne bovina pressiona preços

Brasil manteve sua posição como o segundo maior produtor mundial de carne

Segundo o boletim Agro em Dados, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), o primeiro semestre de 2024 registrou um recorde na oferta de carne bovina, mantendo uma tendência persistente de baixa nos preços, com valores inferiores aos dos anos anteriores. Em junho e julho, no entanto, houve sinais de estabilização e uma leve recuperação nas cotações, impulsionadas pela redução da oferta de animais terminados a pasto e pelo aumento nos lotes de confinamento, cujos preços são geralmente mais elevados. Durante o inverno, a escassez de pastagens agrava a diminuição da oferta de animais prontos para o abate, especialmente no Centro-Oeste, onde as previsões climáticas indicam tempo seco e temperaturas acima da média nos próximos 90 dias, sem chuvas regulares.


No cenário internacional, a carne bovina goiana continua a se destacar nas exportações, desempenhando um papel crucial na sustentação dos preços. A China permanece como o principal comprador, mas países como os Emirados Árabes Unidos também têm aumentado significativamente a demanda pela proteína. No primeiro semestre de 2024, o valor das exportações para os Emirados Árabes cresceu 171,0% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do boletim da Seapa.


De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil manteve sua posição como o segundo maior produtor mundial de carne bovina em 2024, com um crescimento de 3,6% em relação a 2023. Enquanto isso, os Estados Unidos, o maior produtor global, reduziram sua produção em 1,2% no mesmo período, o que pode aumentar ainda mais a demanda pela carne brasileira e diversificar os mercados consumidores.

AGROLINK - Seane Lennon
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