A Nestlé Brasil e a Sumitomo Corporation do Brasil assinaram um acordo para a descarbonização das fazendas leiteiras no País. O projeto piloto, que já está em execução desde o fim de 2023 e concentra-se na recuperação de áreas de pastagem degradadas em seis fazendas localizadas em Goiás, que abastecem a Nestlé com leite fresco por meio do Programa Nature por Ninho.

A participação da Sumitomo, uma das maiores empresas de negócios e investimentos do Japão, no projeto abrange atividades de mensuração de carbono, recuperação de áreas degradadas e consultoria em pastagens para aprimorar a sustentabilidade ambiental e a eficiência produtiva.

Segundo estudo realizado pela Embrapa, existem aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de degradação intermediário e severo. O mapeamento dessas pastagens foi de aproximadamente 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura.

Entre os estados que apresentaram as maiores áreas, dentro destes parâmetros, estão o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para a Nestlé Brasil, esta colaboração representa um passo fundamental na direção de seus compromissos ambientais. "A Nestlé tem o compromisso de reduzir 50% das emissões de CO2 até 2030 e ser uma empresa Net Zero em 2050. Por isso, parcerias como essa com a Sumitomo Corporation do Brasil são tão importantes", disse, em nota, o vice-presidente jurídico e de assuntos públicos da Nestlé Brasil, Gustavo Bastos.

As informações são do Estadão, adaptadas pela equipe MilkPoint.