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Agronegócio

MS entra em nova era da celulose com megafábricas que vão investir mais de R$ 34 bilhões

MS entra em nova era da celulose com megafábricas que vão investir mais de R$ 34 bilhões

Mato Grosso do Sul vislumbra nos próximos anos mais de R$ 34 bilhões de investimentos somente em duas megafábricas de celulose: a Suzano com o Projeto Cerrado em Ribas do Rio Pardo e o Projeto Sucuriú da chilena Arauco anunciado na semana passada. Somente em valores as obras representam quase o dobro do orçamento anual do Estado que é de R$ 17 bilhões. Os empreendimentos vão garantir nos próximos anos que o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) avance 5%.

A atração de empresas deste porte colocará o Estado como o maior polo mundial de celulose. A avaliação foi feita pelo governador do Estado Reinaldo Azambuja que destacou que o desenvolvimento se faz com políticas públicas efetivas e segurança jurídica. "Este momento é especial. Não se escolhe um local para um empreendimento deste porte se não tiver segurança jurídica e confiabilidade", comemorou.

Só na parte industrial serão investidos mais de R$ 15 bilhões pelo grupo chileno Arauco em Inocência. Se somado o projeto da base florestal isso vai chegar a R$ 20 bilhões. Ou seja serão necessários mais R$ 5 bilhões para plantar 290 mil hectares de floresta. "Esse investimento aqui em Mato Grosso do Sul vai significar um crescimento do PIB do Estado superior a 5% nos próximos anos, o que coloca MS na dianteira do desenvolvimento nacional", comemorou Azambuja.

Ele lembrou que os incentivos que foram dados a Arauco são os mesmos que a Eldorado e a Suzano receberam. "Os incentivos são os mesmos que serão direcionados a outros que quiserem vir porque a cadeia produtiva é tratada como um todo no Estado. Não criamos uma competição desleal. São atrativos iguais. Sabemos da importância de uma política de atração de empreendimentos com geração de empregos", acrescentou.

O governador afirmou que o Estado criou uma base sólida de investimentos que geram empregos para Mato Grosso do Sul. Tanto que somente a Arauco prevê a abertura de mais de 12 mil vagas apenas na fase de construção da planta em Inocência. "Quando em operação a fábrica vai gerar mais 550 empregos diretos e indiretos e mais 1.800 na parte florestal. Isso representará 14,3 mil famílias contempladas", afirmou.

Já o Projeto Cerrado da Suzano em Ribas do Rio Pardo, com um investimento de mais de R$ 19 bilhões, está com as obras aceleradas. Atualmente, a obra da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo conta com cerca de 4.000 trabalhadores (dados de junho/2022). No primeiro semestre de 2023, quando deverá ocorrer o pico da obra, serão criados cerca de 10.000 empregos diretos no empreendimento, gerando também milhares de empregos indiretos na região. Quando entrar em operação, a nova fábrica da Suzano terá 3.000 postos de trabalho, entre diretos e indiretos atendendo as operações industrial e florestal.

 

A Suzano também possui duas fábricas em Três Lagoas, que geram 6.000 postos de trabalho entre diretos e indiretos, considerando as operações industriais e florestais.

Azambuja disse que Mato Grosso do Sul vive uma valorização de ativos regionais. "Com este empreendimento da Arauco serão valorizadas as propriedades rurais, o comércio e toda a atividade econômica na região de Inocência, Cassilândia, Paranaíba Água Clara e Três Lagoas. Todos estes municípios serão impactados positivamente", argumentou.

Diretrizes fortes

O secretário de Estado de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck, salientou os desafios que o Estado enfrentou para chegar até este momento de economia pujante. "Estabelecemos como uma das diretrizes estruturar o Mato Grosso do Sul através do planejamento. Dentro disso conseguimos estabelecer um rumo para o Estado", relembrou.

Um dos caminhos para desenvolver o Mato Grosso do Sul era fomentar projetos estruturantes. "Fizemos isso com diversificação, agroindustrialização e aumento das nossas exportações com diversificação também dos mercados internacionais", destacou.

Verruck pontua que foi necessário adequar e preparar o Estado para atrair investimentos com estrutura. "Fizemos o dever de casa. Reduzimos o teto de gastos, fizemos mudanças fiscais, de incentivos, instalamos um Escritório de Parcerias Público Privadas. Tudo para arrumar o Estado. E hoje colhemos os frutos", alegou.

Atualmente são três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano; duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55 milhões toneladas/ano. "Temos três plantas de celulose em operação com produção de 5 milhões de toneladas por ano. Três Lagoas é considerada a capital mundial da celulose e MS é o Estado que mais exporta no país 27% de toda a celulose comercializada no exterior. A Suzano é líder na exportação e nos próximos anos vamos manter esta liderança", adiantou.

Com relação a base florestal Verruck destaca que Mato Grosso do Sul conta atualmente com 1,3 milhão de hectares cultivados. "Só a demanda atual é de 542 mil hectares adicionais. Com o empreendimento da Arauco este montante deve crescer mais o que nos levará a uma área estimada em breve de 2 milhões de hectares e seremos o primeiro na produção florestal", lembrou.

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E mais, será um crescimento sustentável na expansão das florestas. "A indústria sul-mato-grossense não expande sua área em cima de mata nativa. São mais de 8 milhões de hectares de pastagens degradadas, e por isso temos a possibilidade de crescer reformando estas áreas de pasto. Somos o primeiro Estado do Brasil na Integração Lavoura Pecuária e Florestas (ILPF). Hoje nossa indústria florestal gera 26 mil empregos diretos. Ou seja estamos redefinindo o desenvolvimento da Costa Leste", finalizou.

Rosana Siqueira, Subcom

Fotos - Divulgação Arauco e Chico Ribeiro

Publicado por: Marcelo Armôa, Assessoria de Comunicação da Semagro

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