Paschoal deixa a esposa Marisa Perencin Dias Paschoal, dois filhos e uma neta. (Foto - Acervo Ana Maria Primavesi/Reprodução)

Morreu, ontem (dia 16), em Piracicaba (SP), aos 82 anos, o agrônomo Adilson Paschoal, professor aposentado do departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). A causa da morte foi uma miastenia, uma doença hereditária.

Ele é considerado um dos pioneiros da agroecologia no Brasil e foi quem criou o termo agrotóxico para definir os produtos químicos usados no combate a pragas e doenças nas lavouras, termo que hoje causa polêmica.

Adilson Paschoal nasceu em 8 de novembro de 1941, em Casa Branca (SP e se formou em 1967, na Esalq. Tinha formação em engenharia agronômica, na Esalq, doutorado em zoologia, especialização em ecologia e conservação de recursos naturais, na Ohio State University, e doutorado em ciências agrárias e pós-doutorado também na Esalq.

Ele foi membro do grupo pioneiro da agroecologia no Brasil, quando a "disciplina" ainda era chamada apenas de "agricultura alternativa", e um dos fundadores da Associação de Agricultura Orgânica (AA), segundo o Estadao.

No ano de 1979, Paschoal publicou um artigo em que, pela primeira vez, definia a palavra agrotóxico para ser aplicada a herbicidas e praguicidas, conceito que seria usado em seu livro do mesmo ano intitulado Pragas, praguicidas e a crise ambiental, obra de referência para os estudos da agroecologia.

Ele deixa a esposa Marisa Perencin Dias Paschoal, dois filhos e uma neta. O velório aconteceu hoje (dia 17) em Piracicaba.

"Neste momento de tristeza e dor, manifestamos nossas condolências aos familiares e amigos", comunicou a Esalq, em nota.