Durante o lançamento do Plano Safra 2023/2024, nesta terça-feira (27), ministros do governo Lula ampliaram críticas à política de juros do Banco Central por manter a taxa Selic em 13,75%, durante reunião realizada na última quarta-feira (21).

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o aumento de valores para diversos segmentos do plano e aproveitou para novas críticas. “Nós podemos e devemos produzir cada vez mais e intensificar a produção e começa neste Plano Safra as linhas de crédito para esse incentivo, preservando e combatendo o desmatamento" disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o sistema tributário brasileiro e afirmou que deve ser modernizado, defendendo também o alinhamento entre o crescimento econômico e indicadores sustentáveis no meio ambiente. “A reforma tributária vem recebendo atenção especial na Câmara dos Deputados no sentido de modernizar um sistema tributário que não faz jus ao nome. É um caos tributário que se instalou no Brasil e que precisa ser superado o quanto antes, para que nós possamos dar confiança para os produtores e gestores públicos de que temos um marco fiscal sustentável para o desenvolvimento das atividades econômicas”, afirmou.

“Não podemos continuar tendo os juros mais altos da economia mundial, e que crescem, porque quanto mais cai a inflação, mais o juro real aumenta”, disparou o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante.

Indiretamente, todos criticaram o presidente do Banco Central, Campo Neto, que, para eles, seria o responsável pela manutenção das taxas em patamares elevados.

Plano Safra

O Plano Safra 2023/2024 será de R$ 364,22 bilhões que vão apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. Os valores são destinados para o crédito rural para produtores enquadrados no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) e demais. O total reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores).

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