Agronegócio
Milho fecha 5ªfeira negativa na B3, mas ainda em cotações favoráveis
Chicago perde força e também recua com pressão da economia
A quinta-feira (05) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,55 e R$ 91,71.
O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 87,55 com queda de 0,55%, o março/23 valeu R$ 91,71 com desvalorização de 1,27%, o maio/23 foi negociado por R$ 90,69 com perda de 0,45% e o julho/23 teve valor de R$ 89,55 com baixa de 0,20%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho próximas aos R$ 90,00 continuam sendo boas posições, com compradores querendo mais milho do segundo semestre e indicadores nos portos marcando de R$ 88,00 a R$ 90,00 também.
“São cotações boas em reais e que já dão um sinal positivo para o milho safrinha. Se analisarmos o cenário global, os principais exportadores mundiais perderam 50 milhões de toneladas de milho na safra e vai ter menos milho no mercado global nesse ano. O milho não tem muito espaço de queda nesse ano”, afirma Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve uma jornada de altas e baixas neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Castro/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do milho seguem sustentadas no mercado físico paulista. O dólar em patamar elevado tem sido um dos principais fatores”.
A análise diária da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que “a alta do dólar e a sinalização de maior apetite da demanda doméstica eleva a saca do milho para próximo dos R$ 86,50/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) foi perdendo força ao longo do dia e também encerrou a quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro acumulando flutuações negativas.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,52 com perda de 1,00 ponto, o maio/23 valeu US$ 6,52 com baixa de 1,50 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,46 com queda de 2,50 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,06 com desvalorização de 3,00 pontos.
Esses índices representaram perda, com relação ao fechamento da última quarta-feira (04), de 0,15% para o março/23, de 0,31% para o maio/23, de 0,46% para o julho/23 e de 0,49% para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho atingiram mínimas de duas semanas na Bolsa de Chicago sob pressão de preocupações sobre o enfraquecimento da demanda por commodities.
“Há muitas dúvidas sobre a demanda, não apenas de grãos, mas da demanda global por commodities como um todo”, disse à Reuters, Ted Seifried, vice-presidente e estrategista-chefe de mercado da Zaner Ag Hedge.
A publicação ainda destaca que, os principais índices de Wall Street também caíram com o aumento dos temores de taxas de juros elevadas por mais tempo do que o esperado. Analistas ouvidos pela Reuters disseram que as preocupações com os ventos econômicos contrários, incluindo o impacto de um aumento de casos de COVID-19 na China, se espalharam para os mercados de grãos.
“Na maior parte, isso é macro. Isso é um risco. Isso é uma preocupação com a China e a situação da Covid lá”, disse Seifried.
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas
Página:
https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2023/01/05/milho-fecha-5feira-negativa-na-b3-mas-ainda-em-cotaes-favorveis/11458.html