Segundo a Análise dp Especialista divulgada pela Grão Direto nesta segunda-feira (11), nos Estados Unidos, a safra de milho registrou aumento de 1217,19 para 1219,40 milhões de toneladas na última semana, o que impacta diretamente os estoques finais do grão. A produção brasileira de milho permanece estimada em 127 milhões de toneladas.

A recente vitória de Donald Trump nos EUA reacendeu preocupações sobre uma possível nova guerra comercial com a China, o que pode favorecer o milho brasileiro, caso os chineses decidam desviar parte de suas compras para o mercado do Brasil. Contudo, atualmente, o milho brasileiro tem apresentado preços mais elevados entre os concorrentes internacionais, refletindo em um ritmo de exportação mais lento até o momento.

De acordo com a análise, as exportações brasileiras de milho até outubro ficaram aproximadamente 30% abaixo do mesmo período do ano anterior. Caso o ritmo não se acelere, o Brasil poderá fechar o ano com exportações com pouco mais de 40 milhões de toneladas, um volume abaixo do alcançado na safra 2020/21, mas ainda acima da média dos últimos cinco anos, cerca de 40 milhões de toneladas.

Em contrapartida, o milho norte-americano se apresenta como uma das opções mais baratas no mercado global, impulsionando as exportações dos Estados Unidos, conforme o relatório semanal do USDA. O relatório aponta que o país já comprometeu cerca de 28,5 milhões de toneladas de milho para o atual ano-safra. O valor representa um aumento de 40% em comparação aos 19,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. Com essa tendência, os EUA podem encerrar o ciclo com aproximadamente 59 milhões de toneladas exportadas, reforçando sua liderança global no setor. Poderemos ter mais uma semana positiva para o nosso milho, seguindo a tendência da última semana, conforme a análise da Grão Direto.

Agrolink - Seane Lennon
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