O mercado de leite e derivados apresentou comportamento distinto ao longo do mês de outubro. O leite UHT foi o derivado mais afetado, com maior pressão de vendas na indústria.

Para o consumidor final, a alta de preços do UHT em 12 meses foi de12,9%, enfraquecendo a demanda. Queijo muçarela também desacelerou de preços, ainda que em ritmo inferior. O mercado de leite em pó fracionado seguiu mais firme, já que vários laticínios reduziram sua participação no mix de fabricação, em função da concorrência com o produto importado.

Naturalmente, com o retorno do período chuvoso e crescimento da safra, os preços tendem a desacelerar nos próximos meses.

As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em outubro indicaram movimentos distintos, com alta no RS e em SC e recuo no PR e MG. Apesar deste movimento contraditório, as cotações mostraram enfraquecimento na comparação com os indicadores do mês anterior.

Preço do milho, boi e bezerro tem forte alta

Os preços do milho registraram forte elevação em outubro, com vendas cadenciadas pelos produtores e boa demanda para exportação. Além disso, o clima quente e seco acabou atrasando o início do plantio da safra de verão de 2024/2025 e consequentemente, coloca maior incerteza e risco sobre a safrinha 2025.

No mercado pecuário, a menor oferta de animais para abate, também influenciado negativamente pelo clima até início de outubro, somado a boa demanda para exportação, sustentou a alta dos preços. A desvalorização recente do Real frente ao Dólar também deixou nossos produtos mais competitivos no mercado internacional, estimulando a exportação.

Informações: Centro de Inteligência do Leite