O governador Mauro Mendes (União) voltou a dizer que Mato Grosso não tolerará ações de invasores de terras alegando ser MST, “porque o que vi foi carros de luxos e contêiner com ar condicionados” em invasões, e alertou congressistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST para que produzam resultados efetivos nas investigações sobre invasões e excessos por parte do movimento.

“Eu acho que a CPI é um instrumento importante do Congresso Nacional. Agora, o Congresso tem que tomar cuidado porque tantas e tantas CPIs já foram feitas no País, e muitas vezes o resultado foi aquém daquilo que poderia ser, e daquilo que a população brasileira espera”, afirmou.

A CPI foi instaurada em maio deste ano e tem como relator o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente no governo Jair Bolsonaro.

Mendes apontou ainda que, ao longo do tempo, o MST teve sua importância no País. No entanto, cometeu exageros em sua forma de reivindicar a reforma agrária.

“Coisas que eu considero inapropriadas para o passado e presente e o futuro do nosso País”, disse.

Tolerância zero

O governador voltou a afirmar que o Estado tem tido “tolerância zero” com invasões de terras, e atribuiu a prática a grileiros profissionais.

“Vamos reconhecer que aqui, e talvez em muitos lugares do Brasil, não é o MST, são grileiros de terra que também estão aproveitando essa ‘onda’ de invadir terra. Outro dia os ‘caras’ chegaram para invadir uma terra e tinha [entre os invasores] contêiner com ar condicionado, carreta, carros de luxo”, disse

“E não teve moleza, não. A polícia chegou e prendeu todo mundo. Todas as invasões que ocorreram em Mato Grosso nós atuamos em 24 horas. Prendemos, levamos para delegacia e as pessoas estão respondendo por esbulho possessório”, completou.