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Agronegócio

Leilão para compra de arroz não é mais necessário, diz Fávaro

Ministro afirmou à GloboNews que o Brasil não deve, por enquanto, realizar novos leilões para importar grão

O leilão para compra de arroz importado não vai acontecer mais. A confirmação veio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em declaração hoje pela manhã (dia 3) para à GloboNews.

Segundo o chefe da pasta, após verificar o arrefecimento nos preços do cereal aos consumidores brasileiros “é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado.”

“Não havendo especulação, não se faz necessário novos leilões, portanto, mas que haja estímulo para a produção de arroz”, disse o ministro que decidiu, por ora, adotar medidas de estímulo à produção e garantia de abastecimento interno.

Fávaro disse que houve um problema difícil com as enchentes no Rio Grande do Sul e que fez os preços do cereal dispararem. “O governo teve que reagir”, completou o ministro, lembrando do leilão realizado em junho e que, posteriormente teve que ser cancelado por denúncias de irregularidade.

O leilão de arroz não está totalmente descartado pelo governo, segundo Fávaro.

“Nós temos um edital novo pronto. Temos reunião com a federação dos arrozeiros e a indústria ainda hoje, vamos buscar alguns compromissos com eles de estabilidade de preços, de logística. Por ora, estamos preparados, tem orçamento, mas é mais prudente, como os preços já cederam, que tomemos outras atitudes de estímulo à produção, e não se faz necessário novos leilões de importação", explicou.

Plano Safra
O ministro ainda confirmou que o Plano Safra 24/25, que será anunciado à tarde, terá um linha específica para o lançamento de contratos de opção para estimular a produção de até 1 milhão de toneladas de arroz no Brasil com diversificação do local de cultivo.

"Terá um estímulo em torno de 1 milhão de toneladas a serem produzidas no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros para ter mais tranquilidade de oferta", explicou.

O governo federal cancelou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, sob a alegação de que as quatro vencedoras de um leilão não comprovaram capacidade técnica e não eram do ramo. Com o cancelamento, o então secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi demitido.

Oposição comemora
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR) comemorou o cancelamento dos leilões.

“Importante ver o ministro reconhecer os nossos alertas, da FPA , e principalmente do setor arrozeiro. Repito: Não precisamos do arroz importado, mas sim, de investimentos na produção nacional”, escreveu.

O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), autor do pedido de CPI do Arroz para investigar irregularidades no leilão, disse que é uma vitória dos produtores rurais e de toda a sociedade.

Por redação | Agrofy News

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