A chuva que prejudicou a finalização da colheita da soja no Centro-Oeste será bem recebida pelos produtores de milho segunda safra da região. Foram registrados 75 milímetros de chuva nas últimas 24 horas nas cidades de Jaraguá e Anápolis, em Goiás.

Na região nordeste de Mato Grosso, choveu 50 milímetros e aliviou a situação dos milharais. A meteorologia prevê uma breve invernada que dura até esta sexta-feira, 8, e estão previstas mais pancadas de chuva a qualquer momento do dia e temperaturas mais amenas para as áreas produtoras de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

“Em cinco dias podemos ter 70 milímetros de chuva ou mais em algumas áreas e essa chuva é determinante porque na semana que vem os volumes vão diminuir”, avisa Celso Oliveira, meteorologista da Somar.

Na quarta-feira, 7, tem previsão de tempo muito instável no Brasil central. Há pancadas de chuva com trovoadas que se espalham em boa parte do Centro-Oeste, após uma tarde quente e abafada.

Em áreas do Pantanal e sul de Mato Grosso e região central e sul de Goiás tem condição para chuva mais volumosa e até mesmo transtornos pontuais, algo que inclui Cuiabá e Goiânia.

Por outro lado, o tempo volta a ficar firme no extremo sul de Mato Grosso do Sul com o avanço de uma massa de ar mais seco pelo Sul do País.

Na quinta-feira, 8, destaque para as chuvas mais pesadas e a qualquer hora do dia, além de temperaturas máximas mais baixas do que em dias anteriores entre Goiás, Distrito Federal e região central do Mato Grosso. São áreas de instabilidade formadas por ventos que sopram a mais de 10 km de altura e que organizam nuvens carregadas. Somente numa área entre o sul e o leste de Mato Grosso do Sul é que o tempo fica aberto e com maior amplitude térmica, por causa da influência de uma massa de ar seco mais ao Sul do país.

Ainda na quinta-feira, teremos um avanço de uma nova frente fria no sul do Brasil e os trabalhos de colheita de arroz devem ficar interrompidos. Há previsão de temporais e rajadas de ventos nos três estados do Sul, inclusive com altos volumes na região dos portos de Paranaguá e Rio Grande. A colheita do arroz no Rio Grande do Sul atingiu 56% da área no estado, de acordo com o Instituto Rio-Grandense do Arroz.