O INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária) recomendou aos produtores argentinos a adoção do método conhecido como “vazio sanitário” para lidar com a infestação de cigarrinhas nas lavouras de milho do país durante a safra atual. A previsão da produção nacional, que era de cerca de 60 milhões de toneladas, caiu para 47 milhões, uma redução de 21%, por conta da ação da praga.

O método recomendado pelo INTA consiste em manter a ausência do milho no campo enquanto se faz o pousio, mas por 90 dias, a fim de reduzir as fontes de alimento da praga e, dessa forma, eliminar a infestação que tem acabado com a produtividade das lavouras do país. Além disso, o solo deve ficar livre de qualquer talhão e planta de milho — mesmo as voluntárias — após a colheita, para que não haja alimento nenhum para a cigarrinha.

No período de inverno, as geadas e nevascas contribuem para um pousio mais longo e criam um vazio sanitário natural, pois não permitem a germinação das plantas do milho e reduzem qualquer possibilidade do vetor.

O que os produtores devem fazer?
É necessário, por parte dos agricultores, que o vazio sanitário seja reforçado com a utilização de herbicidas pré-emergentes com ação residual no solo. Porém, podem existir dificuldades em conseguir este tipo de produto, visto que são poucos os herbicidas dessa classe que são registrados e aprovados.

No caso de lotes de soja STS, é possível a utilização de sulfometuron ou clorimuron etílico (Ligate) para efetuar o controle de plantas voluntárias de milho. Mas, mesmo assim, é necessário que seja feita o monitoramento dos lotes de forma quinzenal, com aplicações de doses de reforço, caso seja necessário.

Além disso, é recomendado que, no caso de emergências de plantas de milho, devem ser eliminadas antes dos 20 dias, para que evitar a aparição do vetor e a transmissão da doença.

redação com informações da Agência Safras | Agrofy News