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Agronegócio

Indústria de alimentos confirma investimento de R$ 120 bilhões até 2026

Em encontro com Lula, segmento diz que país é "supermercado do mundo"

Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ontem (dia 17) em Brasília representantes da Associação Brasileira de Alimentos (ABIA) confirmaram investimentos de R$ 120 bilhões no Brasil até 2026.

Do valor total, aproximadamente R$ 75 bilhões serão destinados à ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil. Já os outros R$ 45 bilhões serão para novas máquinas, equipamentos e investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Somente no ano passado, o setor investiu R$ 36 bilhões. 

O presidente executivo da ABIA, João Dornellas, disse que os investimentos anunciados reforçam a confiança que a indústria brasileira de alimentos tem no país. “Nós continuamos apostando na potencialidade do nosso país e os números estão vindo”, garantiu, durante entrevista à imprensa.

Segundo ele, o Brasil se consolidou em 2023 como maior exportador de alimentos industrializado do planeta.

“A indústria brasileira de alimentos e bebidas alimenta não só o Brasil, mas exporta para 190 países do planeta. Nós já tínhamos um campo forte, o Brasil era considerado o celeiro do mundo, e agora, com muito orgulho, podemos dizer também que nós passamos a ser o supermercado do mundo, posto que somos o maior exportador de alimento industrializado, já pronto para o consumo”, ressaltou Dornellas, que contou, ainda, que o setor cresceu 3,3% no primeiro semestre deste ano.

As indústrias brasileiras de alimentos e bebidas congregam 41 mil empresas que processam 61% de tudo o que é produzido no campo — 273 milhões de toneladas de alimentos por ano — e representam 10,8% do PIB do país.

As exportações do agronegócio brasileiro, em 2023, atingiram um recorde de US$ 167 bilhões, representando um aumento de cerca de 5% em relação a 2022. Com 49%, o setor foi responsável por quase metade de todas as exportações brasileiras.

 

Otimismo
Durante a reunião, Lula destacou que as políticas sociais já resultaram no aumento do consumo de alimentos no país e reforçou que o Governo Federal está comprometido em elevar a renda dos brasileiros.

“O Bolsa Família, em apenas um ano e seis meses, tirou 24,5 milhões de pessoas da fome. Essas pessoas viraram consumidores de comida. É isso o que conta. O povo mais pobre, mais humilde, quando tem um pouquinho de dinheiro, não compra dólar, ele compra comida, compra coisas para a família. É fazer com que o dinheiro desse país circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB”, declarou.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que participou do encontro ao lado de Lula e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que os investimentos anunciados pela indústria de alimentos estão alinhados com o Brasil Mais Produtivo e o Depreciação Acelerada, dois programas federais estratégicos para impulsionar a produtividade da indústria brasileira.

“O Brasil é o maior exportador de alimento industrial de todo o mundo. Como é um setor que está crescendo, diminuiu a ociosidade na indústria, vai ter que investir. Então, com a Depreciação Acelerada, você estimula a renovação de máquinas e equipamentos para diminuir Custo Brasil, melhorar a produtividade, competitividade, descarbonização, eficiência energética”, explicou o ministro.

O ministro Fávaro explicou que com esta oferta é possível gerar mais renda e emprego dentro do país. Também evidenciou o crescimento brasileiro no mercado exterior.

“Essa reunião reflete a todos nós o momento espetacular que estamos, restabelecendo o Brasil nas relações diplomáticas. Fazendo um balanço, já abrimos 160 novos mercados desde o início de 2023, em 54 países. E certamente vamos ampliar ainda mais esses números”.

redação com informações do Governo | Agrofy News

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