Agronegócio
Governo abre novos mercados para produtos do agro, com destaque para carnes
O governo brasileiro continua a abrir novos mercados para produtos do agronegócio, e o setor de proteína animal está ganhando destaque nesse processo.
Recentemente, foram habilitados diversos itens como bovinos vivos para a Argélia; mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia para o Chile; sêmen bubalino para o Panamá; gelatina bovina para a Malásia; carne suína in natura e carne bovina para o México, carne de aves para a Polinésia Francesa e, em outra categoria, algodão para o Egito.
Além disso, foram aprovadas 11 plantas frigoríficas para a Indonésia, além da definição, junto às autoridades chilenas, dos requisitos fitossanitários para exportação de mamão fresco para o Chile.
Em março, durante missão à China, após anunciar o fim do embargo do país asiático às importações de carne bovina, devido a um caso isolado do Mal da Vaca Louca no Pará, o governo brasileiro habilitou quatro novas plantas frigoríficas para exportação aos chineses, e retomou as vendas em duas plantas que estavam suspensas.
No entanto, representantes do setor agrícola continuam a defender a necessidade de o Brasil exportar com maior valor agregado.
“Agregar valor gera mais empregos e qualidade no País. Para o agricultor, é uma grande opção, que também fortalece o mercado interno de sua produção”, afirmou Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp) e membro titular da Academia Nacional de Agricultura da SNA.
Indústria
Durante evento sobre oferta mundial de alimentos, o executivo afirmou que é fundamental fortalecer a cadeia de uma indústria alimentícia mais rigorosa que permita maior agregação de valor. Mas, segundo ele, “o primeiro passo para que isso aconteça é implementar uma reforma tributária”.
Para Jacyr, “um dos impedimentos nesse sentido é o acúmulo de crédito dessas indústrias quando elas querem processar mais produtos agrícolas para exportação”.
Independência
“O Brasil precisa despertar do seu ‘berço esplêndido’ e começar a ensaiar seu grito de independência, buscando novos mercados para produtos industrializados de mais alto valor”, sinalizou Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa Soja.
“Já damos alguns passos nesse sentido, como a comercialização de carnes processadas, celulose, farelo e óleo de soja, mas ainda é pouco diante do volume exportado de commodities”.
De acordo com o Ministério da Agricultura, de 2019 a 2022 o governo brasileiro abriu mais de 200 novos mercados para produtos da agropecuária nacional.
Super agregação
Já o diretor técnico da SNA, Marcos Fava Neves, comentou que, após recente visita aos Estados Unidos, percebeu, pela primeira vez, uma presença maior de produtos brasileiros – entre eles, café, paçoca, sal grosso e goiabada, prontos para serem vendidos nas gôndolas dos supermercados americanos
“Estão de parabéns os empresários que estão conseguindo colocar os produtos embalados, prontos, numa super agregação de valor. Esta é uma avenida que nós temos de ocupar no planeta, e vamos nos esforçar para isso”, disse o especialista.
Por Equipe SNA
Fontes: Ministério da Agricultura
Página:
https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2023/04/13/governo-abre-novos-mercados-para-produtos-do-agro-com-destaque-para-carnes/13040.html