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Agronegócio

Frango vivo: preço ao produtor recua, mas custo permanece em alta

O preço pago ao produtor de frangos recuou mais de 4%

Em setembro passado, depois de permanecer em relativa estabilidade no trimestre junho/agosto, o preço pago ao produtor de frangos recuou mais de 4%, retrocedendo ao menor nível dos últimos sete meses (base: frango vivo comercializado no interior paulista).


Seria de se esperar que essa queda fosse o resultado de uma redução no custo de produção. Mas não, pois – de acordo com o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves – após período de relativa estabilidade por, também, um trimestre, o custo de produção do frango voltou a subir, alcançando o maior nível dos últimos quatro meses.

O custo apurado para o mês, de R$5,49/kg, representou aumento mensal inferior a 1%, mas ficou quase 6,5% acima do registrado há um ano. Comparativamente a setembro de 2020 aumentou mais de 40%.

Na média dos nove primeiros meses de 2022 o custo de produção do frango se encontra em R$5,56/kg, valor que, em relação a idêntico período de 2021, significa alta de 10,27%. Esse índice sobe para 64,22% na comparação janeiro/setembro de 2020, mas chega a 98,26% quando o período base são os nove primeiros meses de 2019.

Conforme o levantamento da Embrapa Suínos e Aves, três fatores de produção contribuíram para o aumento registrado em setembro: nutrição, pinto de um dia e mão-de-obra. A maior variação no mês foi a do pinto de um dia (+2,08%), seguida pela nutrição (+0,69%) e pela mão-de-obra (+0,10%). Só que esta última respondeu por apenas 3,59% do custo total, índice que chegou a 14,68% no pinto de um dia. Ou seja: o maior peso continua recaindo sobre a nutrição, que representou 72,12% do custo levantado.

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2022/10/20/frango-vivo-preo-ao-produtor-recua-mas-custo-permanece-em-alta/10331.html