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Agronegócio

Falta de diesel na AR causa perda na produção de limão

Baixa demanda também preocupa

A colheita de limões da Argentina está a pleno vapor e a falta de diesel no país pode causar a perda de 25 mil toneladas de frutas. Na chamada bacia do Paraná, em particular no departamento de Bella Vista, com cerca de 4.500 hectares de plantações, alguns dos mais de 70 produtores já começaram a colher e despejar os frutos nos campos mais baixos. Nesta área, 90% da produção é de limão e nesta época é colhido para a indústria.


“Nossa produção amadurece de uma só vez. Normalmente, para a campanha da indústria, em um período de três meses (maio, junho e julho), colhemos cerca de 40.000 toneladas de frutas. Nossos cálculos nos dizem que 25.000 toneladas permanecerão no solo. Isso é alarmante”, explicou Oscar Barbera, secretário da Associação de Citricultores de Bella Vista, ao LA NACION.

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Como ele comentou, antes havia três indústrias na região, mas este ano só abriu uma, que não consegue absorver toda a produção da região. “Agora aqui só tem uma fábrica que nos paga US$ 5 o quilo da fruta. Temos um custo de $4 entre colheita e frete, ou seja, temos um peso por quilo sobrando. Mas quando queremos enviar para outras fábricas em Monte Caseros, Chajarí ou Concordia, esse custo sobe para US$ 6, então não é conveniente para nós porque perdemos dinheiro fazendo isso. No ano passado nos pagaram US$ 9 e com essa inflação é muito difícil continuar”, comentou.

Para Barbera, se não houvesse problemas com o abastecimento de diesel, o problema da baixa demanda seria sanado. “Somos complicados. Antes, tínhamos a possibilidade de levar a fruta para ser processada em outro lugar, mas com a questão do diesel, sua escassez e as sobretaxas, o frete fica mais caro do que a fruta paga”, concluiu.

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