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Agronegócio

Exportação de carne bovina do Brasil deverá aumentar 7% em 2024

Embarques devem atingir 3,58 milhões de toneladas, prevê Safras & Mercado

redação com informações da Agência Safras | Agrofy News

A exportação de carne bovina do Brasil deverá aumentar 7,06% em 2024 e atingir 3,58 milhões de toneladas, em equivalente carcaça.  A estimativa é de Safras & Mercado.

Em 2023, os embarques atingiram 3,444 milhões de toneladas, em equivalente carcaça.

Esse crescimento nos embarques, de acordo com o consultor de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, leva em conta o fato de que o Brasil deve ficar muito ativo no mercado internacional, especialmente pelas habilitações por parte da China.

Ontem (dia 12), ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a habilitação de mais 38 frigoríficos brasileiros para exportação à China.

Isso permitirá com que o país avance em vendas no médio e longo prazo, segundo Safras & Mercado. O único ponto negativo pode ser o preço, que tende a seguir recuando, pois a China vai ter mais alternativas para compra junto a outros mercados.


Importações
As importações de carne bovina do Brasil neste ano deverão somar 43,3 mil toneladas, 6,27% acima das 40,8 mil toneladas adquiridas em 2023.

A produção de carne bovina pelo Brasil em 2024 deve chegar a 9,713 milhões de toneladas, 2,05% acima do volume registrado no último ano, de 9,518 milhões de toneladas.

Iglesias ressalta que em 2024 o Brasil seguirá muito forte na produção de carne bovina, com o avanço nos abates, especialmente no primeiro semestre.

Na segunda metade do ano, o setor já deve sentir as mudanças no ciclo pecuário, que irão permitir uma produção e abates mais ajustados.

Devem ser disponibilizadas no mercado interno 6,176 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, recuo de 0,62% na comparação com as 6,215 milhões de toneladas ofertadas em 2023.

Em fevereiro
As exportações totais de carne bovina (produtos in natura e processados) do Brasil somaram 231,16 mil toneladas em fevereiro, de acordo com Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

O montante significa uma alta de 52% em relação ao mesmo período do ano passado.

O preço médio por tonelada obtido, no entanto, caiu de US$ 4.564 no ano passado para US$ 4.000 no mesmo período (queda de 12,35%). Em janeiro também houve queda no preço médio: de US$ 4.630 para US$ 3.955 neste ano, informa a Abrafrigo.

Habilitações da China
O anuncio feito ontem pelo Mapa da habilitação de mais 38 frigoríficos brasileiros para exportação à China poderiam gerar R$ 10 bilhões adicionais às exportações nacionais.

O país asiático é o maior importador de proteína animal do Brasil e, em 2023, demandou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões.

No total, são 25 frigoríficos produtores de carne bovina, nove de carne de aves, além de quatro entrepostos, sendo um de carne bovina, dois de frango e um de suínos.

Ainda ontem (dia 12), o governo brasileiro firmou novo acordo  com autoridades filipinas para exportações de carnes de frango, bovina e suína.

O governo brasileiro obteve o reconhecimento, pelas Filipinas, de equivalência de sistema e estabelecimento de pré-listing para as proteínas animais do Brasil.  O acordo é válido por três anos, a partir de 28 de fevereiro deste ano. 

No ano passado, o Brasil exportou aproximadamente US$ 700 milhões em carnes para as Filipinas, o equivalente a 394 mil toneladas. Já as importações globais das Filipinas dos produtos do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 907,9 milhões, o equivalente a 836 mil toneladas de alimentos. 

Página:

https://portalghf.com.br/noticia/agronegcio/2024/03/13/exportao-de-carne-bovina-do-brasil-dever-aumentar-7-em-2024/18205.html