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Agronegócio

"Enquanto não houver queda no consumo, preço do milho vai continuar em alta"

Liones Severo, diretor da consultoria, explica que o desequilíbrio entre oferta e demanda é um dos principais fatores que pesa no mercado do cereal neste momento

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), voltou a registrar nova máxima histórica. A cotação variou 0,54% em relação ao dia anterior e passou de R$ 88,59 para R$ 89,07 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 13,25%. Em 12 meses, os preços alcançaram 62,86% de valorização.

Na Bolsa, os contratos futuros de milho negociados na B3 seguem com expressivos avanços. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 89 para R$ 90,89 e do maio, de R$ 94,33 para R$ 95,9 por saca. Neste cenário , de acordo com a SimConsult, as altas registradas no preço do grão nas últimas semanas visam conter o consumo, já que há uma baixa oferta e alta demanda do milho.

Liones Severo, diretor da consultoria, explica que o desequilíbrio entre oferta e demanda é um dos principais fatores que pesa no mercado do cereal neste momento. “O cenário é de oferta reduzida, e logo menos vamos entrar em um período de entressafra, o que agrava ainda mais essas condições no mercado”, diz.

Ainda sobre o mercado interno, Severo acredita que o grão tenha sim, margem para ultrapassar a marca de R$ 95 por saca. “Enquanto não houver queda no consumo, preço do milho vai continuar em alta.”

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