:A safra de 2024 no Brasil revela um panorama diversificado para diferentes produtos agrícolas, com alguns setores demonstrando crescimento robusto e outros enfrentando desafios significativos. A produção estimada para o algodão herbáceo (em caroço) atingiu 8,6 milhões de toneladas, marcando um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por um aumento de 13,6% na área plantada, embora a produtividade tenha mostrado uma leve retração de 2,1%. Este é um dos maiores volumes de produção já registrados para o algodão em caroço no país.

No setor de café, a produção total está projetada em 3,6 milhões de toneladas. O café arábica deve atingir 2,5 milhões de toneladas, com um aumento de 6,5% em relação ao ano passado, enquanto o café canephora deverá produzir 1,1 milhão de toneladas, uma redução de 4,4%. A diminuição na produção de café canephora é atribuída a reavaliações em Rondônia e quedas na produtividade.

A produção de castanha-de-caju também se destaca, com uma estimativa de 151,2 mil toneladas, representando um aumento de 29,4% em comparação com o ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por condições climáticas favoráveis e um aumento significativo no rendimento médio e na área colhida.

Por outro lado, os cereais de inverno enfrentaram desafios mistos. A produção de trigo está prevista para alcançar 9,0 milhões de toneladas, um aumento de 16,1% em relação ao ano passado. No entanto, a produção de aveia e cevada viu quedas significativas, com uma redução de 36% e 23,3%, respectivamente.

A produção de feijão deve atingir 3,1 milhões de toneladas, marcando um aumento de 5,2%. A 2ª safra de feijão teve um desempenho particularmente positivo, compensando algumas das perdas na 1ª safra.

No setor de milho, a estimativa é de 116,6 milhões de toneladas, uma redução de 11% em relação ao ano anterior. A produção de milho de 1ª safra caiu 17,1%, e a de 2ª safra reduziu em 9,4%, impactada pela diminuição na área cultivada e pela baixa produtividade.

Finalmente, a produção de soja está projetada em 145,3 milhões de toneladas, uma queda de 4,4% em relação a 2023. Apesar de um leve aumento na área cultivada, a produtividade da oleaginosa foi gravemente afetada por problemas climáticos.

Em resumo, apesar das adversidades enfrentadas durante a safra de 2024, o Brasil ainda mantém uma produção agrícola significativa. As variações na produção entre diferentes grãos destacam a necessidade de estratégias adaptativas para superar desafios climáticos e assegurar a estabilidade do mercado agrícola no futuro.

Fonte: IBGE